Uma análise do Datafolha
No dia 30 de setembro do corrente ano da Graça de Nosso Senhor, o Instituto Datafolha apresentava pesquisa com a candidata petista Dilma Rousseff (PT) com 52% dos votos válidos, contra 48% da soma dos demais.
A margem de erro da pesquisa era de dois pontos.
A propósito, na pesquisa geral, ela aparecia com 47%, contra 28% dos votos de José Serra.
Marina Silva, do Partido Verde, aparecia com parcos 14%.
Por Eduardo Bisotto
Isso foi há 3 dias das eleições. Praticamente na boca de urna. O Datafolha errou absolutamente tudo. Fora da margem de erro. Isto num nível de confiança divulgado de 95%.
No resultado final, Dilma chegou a 46,9% dos votos válidos. Sejamos generosos e arredondemos para 47%. Basicamente, cinco pontos há menos do que o anunciado pelo Datafolha.
José Serra chegou a 32,6%. Quatro pontos (se eu fosse generoso com o tucano diria que foram quase cinco, contando o 0,6, mas fiquemos só com quatro mesmo) a mais do que o anunciado pelo Datafolha.
E Marina Silva chegou a 19,3, com mais 5 pontos do que o Datafolha dava pra ela.
Relembro que estes erros de prognóstico gigantescos foram cometidos pelo instituto que mais se aproximou de apontar o segundo turno, que aparecia como hipótese no limite de sua margem de erro.
Quanto aos demais, chega a ser covardia comentar.
Hoje, o Datafolha apresentou pesquisa em que Dilma aparece com 50% dos votos contra 40% de José Serra.
Apliquemos a “margem de erro real”, aquela que efetivamente se apresentou na urna em relação a Dilma e Serra, não a anunciada dos dois pontos que pesquisa sim e outra também tem fatalmente fugido da margem de confiança.
Cinco pontos a menos para Dilma e ela vem para 45%.
Quatro pontos a mais para Serra e o tucano chega a 44%.
Rigorosíssimo empate.
Um pontinho.
Curiosamente, todos os jornalistas bem informados do país informam que os trackings tucanos e petistas apontam exatamente isto: um empate.
E acho que com isso resumi a ópera. Agora falemos das flores que é mais interessante.
PS: Usei como base a pesquisa de três dias antes da eleição porque sou um menino generoso com o Datafolha. Fosse uma pesquisa de uma semana e dois dias antes da eleição e a margem de erro do instituto aumentaria muito.
Então, à luta valentes!
A vitória está ao alcance das mãos.
Basta acreditar.
Como diria o líder comuna chinês Mao Tsé Tung:
OUSAR LUTAR! OUSAR VENCER!
22 de outubro de 2010
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