"Ninguém, por mais iluminado que seja, ou que pense que é, não pode afetar os paradigmas da democracia."
O senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB, criticou na tarde desta quinta-feira (21) as declarações do presidente Lula a respeito do incidente envolvendo o candidato tucano ao Palácio do Planalto, José Serra, no Rio de Janeiro, na quarta-feira (20).
"Lula é chefe de facção, não é chefe do país", disse.
"Ninguém, por mais iluminado que seja, ou que pense que é, não pode afetar os paradigmas da democracia.
É o que vemos todo dia, só um cego não vê", afirmou o tucano.
O dirigente afirmou ainda que seu partido vai interpelar judicialmente o PT por conta do incidente. "O Lula não está acima do bem e do mal. Lula não pode pensar que manda em todo mundo", criticou ele, que acusou o PT de "radicalizar" a campanha eleitoral.
Serra participou de uma caminhada no Rio de Janeiro na quarta e, durante o trajeto, foi atingido por um objeto não identificado em meio a um tumulto envolvendo militantes tucanos e petistas, apoiadores da presidenciável Dilma Rousseff (PT).
Nesta quinta-feira, o presidente Lula comentou o incidente.
"A mentira que foi produzida ontem pelo esquema publicitário do José Serra é uma coisa vergonhosa", disse Lula a jornalistas, após a inauguração do dique seco do Polo Naval de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Coordenador nacional da campanha de Serra à Presdiência, Guerra qualificou o episódio de quarta-feira como "o ato mais grave dessa campanha" e disse que isso "não é coisa de partido que está ganhando".
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República disse que não iria comentar as críticas.
21.10.2010
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