Que ibope, que nada
Fechamos com o tracking
Mais precisamente: o tracking disse que Dilma teria 47% dos votos, Serra 32% e Marina 20%.
Acertou na mosca, assim como já tinha acertado no primeiro turno de 2006.
Vamos ser claros: entre o tracking tucano e o Ibope, fechamos com o primeiro e não abrimos.
A pesquisa interna dá um empate técnico entre os dois candidatos e o Ibope aponta uma frente em favor de Dilma de onze pontos.
Não levamos este resultado a sério, por uma questão muito simples.
Este instituto, ao lado do Vox Populi e do Sensus, errou feio durante todo o primeiro turno.
O Ibope não acertou sequer na boca de urna, que apontou vitória de Dilma na primeira rodada.
Não foi o que aconteceu.
Enquanto institutos a serviço do lulopetismo divulgavam, dia sim, outro também, pesquisas que colocavam a intenção de votos da criatura lá na lua, o tracking tucano identificou rapidamente o viés de queda da candidata de Lula e afirmou que haveria um segundo turno.
Acertou na mosca, um dia antes da eleição.
Mais precisamente: o tracking disse que Dilma teria 47% dos votos, Serra 32% e Marina 20%.
Acertou na mosca, assim como já tinha acertado no primeiro turno de 2006.
Na semana passada, o Ibope divulgou uma pesquisa dando apenas seis pontos de vantagem para a petista.
Não vimos nenhum fato novo que levasse a situacionista a crescer cinco pontos em uma semana.
O que se sente é exatamente o contrário, o crescimento de Serra em todas as regiões e cortes da população.
Para o Ibope, não mais que de repente, a queda de Dilma transformou-se numa rampa de subida.
Desconfiamos dos cabelos longos do Ibope e muito mais das suas pesquisas. No momento em que ele volta a apontar a intenção de votos da candidata petista lá na estratosfera, é mais do que oportuno reproduzir um trecho do artigo “Falsários”, de Demétrio Magnoli:
“Carlos Augusto Montenegro, (foto) o presidente do Ibope, profetizou há muitos meses uma vitória folgada de José Serra no primeiro turno. A campanha não havia começado e o Ibope não tinha pesquisas relevantes.
O Oráculo falou para bajular aquele que, presumia sua sabedoria política, seria o próximo presidente. Mais tarde, durante a campanha, de posse de inúmeras pesquisas, o Oráculo asseverou com a mesma convicção que Dilma Rousseff venceria no primeiro turno.
A bajulação aos poderosos de turno obedece a uma lógica inflexível. Na mesma entrevista, ele sugeriu que a oposição atentava contra a democracia ao repercutir os escândalos no governo. Cada um fala o que quer, nos limites da lei, mas o Oráculo de araque não se limita a isso: ele vende um produto falsificado”.
“Pesquisas de opinião declaram uma margem de erro e um intervalo de confiança. A margem de erro expressa a variação admissível em relação aos resultados divulgados.
O intervalo de confiança expressa a confiabilidade da pesquisa - ou seja, a probabilidade de que ela fique dentro da margem de erro.
Na noite de 3 de outubro, o Ibope divulgou as pesquisas de boca de urna para a eleição nacional e para 16 Estados, registradas com margem de erro de 2% e intervalo de confiança de 99%.
Das 17 pesquisas, 12 ficaram fora da margem de erro.
O intervalo de confiança real é inferior a 30%. Um cenário similar, catastrófico, emerge das pesquisas para o Senado. Há tanta diferença assim entre isso e vender automóveis com defeitos nos freios?”
Os números que temos divulgado do tracking tucano não são uma invenção nossa.
Hoje mesmo o blog de Lauro Jardim deu a seguinte nota:
“Por um ponto de Diferença
Daqui a menos de duas horas, sai no Jornal Nacional o novo Ibope presidencial. Dará Dilma Rousseff na frente. Por causa do alcance do telejornal da Globo, será a pesquisa que o brasileiro médio comentará e levará em conta a partir de hoje.
As pesquisas internas do PSDB, no entanto, dão esperanças à campanha de José Serra.
Na pesquisa feita por Antonio Prado Júnior, o Paeco, e que chegou hoje às mãos da cúpula tucana, Serra está na frente de Dilma por um ponto percentual – um empate técnico, portanto.
Por ser uma pesquisa telefônica, há que se fazer algumas ponderações estatísticas por motivos óbvios: nem todos têm telefones no Brasil.
Nunca é demais repetir, todavia, que apesar de ser encomendada pelo do PSDB, esta série de pesquisas foi a única que no final de setembro garantia que haveria segundo turno, ao contrário da opinião geral.
Por Lauro Jardim”.
Já havíamos alertado para o que os institutos “parceiros” fariam.
Dilma estancaria a queda de votos e empinaria.
Esta seria a “verdade estatística” que o lulopetismo e suas correias de transmissão tentariam nos enfiar goela adentro. Se pegasse, então ela iria à lua.
O que não imaginávamos, é que a farsa aconteceria tão rapidamente e de forma tão escancarada.
A guerra das pesquisas estourou, mais cedo e mais pesada do se supunha.
Alguns imaginavam que os institutos "parceiros" não teriam coragem de ser tão ostensivamente parceiros como foram até a undécima hora do primeiro turno.
Subestimaram a subserviência.
É que tem muita coisa em jogo.
Se é que nos fazemos entender.
Se é que nos fazemos entender.
20/10/2010
1 comentários:
Vejam
vale a pena
http://www.youtube.com/watch?v=d9c2OFAJ2CU&feature=player_embedded
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