como parte de um plano só esboçado para transformá-lo
em vice na chapa da ministra Dilma Rousseff.
Se vai dar certo, é outra história
Por Alexandre Oltramari
Fotos Dida Sampaio/AE
A ECONOMIA E A URNA
Meirelles (à esq.) entrou no PMDB em clima de quermesse, mas seu projeto não tem nada de amador: estratégia de Lula para dobrar o PMDB e impor um aliado como vice de Dilma em 2010
Às 10 horas e 21 minutos da última quarta-feira, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, desembarcou em Goiânia para participar de uma cerimônia atípica.
Terno azul-escuro, camisa branca e gravata com as cores da bandeira brasileira, ele demorou a aparecer no saguão do aeroporto.
Seus assessores estavam preocupados.
Havia apenas um cinegrafista, um fotógrafo e dois repórteres aguardando sua chegada.
Meirelles aparece e abre um sorriso tímido.
Explica que sua filiação ao PMDB, marcada para dali a alguns minutos, significa apenas uma possibilidade de ele vir a se candidatar a algum cargo eletivo – e que nem isso é certeza ainda.
"Vou continuar 100% focado no BC. Minha candidatura ainda está em aberto", garante.
Uma hora depois, abrigado do sol forte sob uma marquise, Meirelles discursa para cerca de 100 pessoas.
A maior autoridade política em seu palanque, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, comemora:
"Posso profetizar. Vamos ter muitas alegrias juntos".
Explodem os fogos de artifício e toca o Tema da Vitória, a trilha que celebrava as façanhas do piloto Ayrton Senna na Fórmula 1.
Henrique Meirelles, o guardião da moeda e um dos servidores públicos mais importantes da República, transforma-se em trunfo eleitoral do PMDB.
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