Alternância de poder e Constituição neles!
A resistência dos hondurenhos nos alerta para o fato de que a democracia tem direito legítimo à rebelião.
Artigo Reinaldo Azevedo
A despeito de muito sofrimento, Honduras sairá desta crise com o triunfo de dois princípios.
O primeiro é o da subordinação dos Poderes a uma Constituição democraticamente instituída.
O segundo é o princípio da alternância do poder.
Os bolivarianos só dão por realizado seu propósito quando conseguem sabotar esses dois pilares.
Negue-se isso a eles e suas bravatas, suas bandeiras, suas tropas de choque, seus jornalistas de aluguel vão se desbotando até sumir na paisagem da própria insignificância.
A pobre Honduras foi o primeiro país a dizer "Não!", para escândalo das entidades multilaterais, imensas burocracias repletas de si mesmas e de antiamericanismo.
A resistência dos hondurenhos nos alerta para o fato de que a democracia tem direito legítimo à rebelião.
A democracia tem direito de se rebelar contra a mentira, contra a conspiração bem concertada da "esquerda", esse chapelão sob o qual se abrigam o latifundiário Zelaya, o liberticida clássico Robert Mugabe, do Zimbábue, o coronel Chávez e até ambientalistas e o segundo time vasto dos que "lutam por um mundo melhor", desatentos ao fato de que o remédio é muito pior do que os males que pretendem combater.
Sobre Honduras caiu uma tempestade dessas mentiras.
A mãe de todas elas é a que vê um golpe na destituição de Zelaya.
Só se pode sustentar que houve um golpe em Honduras ignorando-se o que diz a Constituição daquele país.
Não é por outro motivo que o Plano Arias, base de um possível entendimento para pôr fim à crise, já previa a volta de Zelaya à Presidência, mas não ao poder.
O primeiro a reagir contra esse arranjo, o Acordo de San José, foi Chávez, o chefe de Zelaya.
Reconheça-se que faltou o chamado "devido processo legal" para retirar do país o presidente deposto.
Mas não faltou para depô-lo.
Um conjunto de artigos da Constituição justifica a deposição, decidida pela Corte Suprema e executada disciplinadamente pelos militares.
0 comentários:
Postar um comentário