Grande parte da sociedade da Venezuela pensa que o conflito com a Colômbia só pretende desviar a atenção dos problemas internos
Manifestantes pedem paz na ponte Simon Bolivar,na fronteira entre Colômbia e Venezuela
As pessoas contrárias à mobilização do exército afirmam que a guerra não está na fronteira com a Colômbia, mas nos mercados da Venezuela, onde escasseiam os produtos básicos, e nos bairros mais pobres, onde impera o crime.
O jornal de oposição "Tal Cual" estampou na capa de quarta-feira uma charge do desenhista Roberto Weil na qual se via uma mãe abraçada ao seu filho militar, aconselhando:"Filho, cuidado na fronteira". "Fique tranqüila, mamãe, escreverei diariamente." A mãe, sem deixar de abraçá-lo, dizia: "E se puder me mande leite, frango e ovos."
Perguntando ao acaso nas ruas de Caracas a opinião das pessoas sobre o conflito da Venezuela, elas zombam do presidente dizendo que está louco ou doente.
"A maioria dos meus colegas acredita que nosso querido presidente sofre um transtorno de personalidade narcisista", indica o psiquiatra John Chaquinga.
"Por isso o chamamos de Ego Chávez. Essa história da Colômbia não passa de outra palhaçada dele. Só quer notoriedade mundial, chamar a atenção."
"Nós, venezuelanos, estamos acostumados às cortinas de fumaça do presidente", indica a jornalista Gaby Urdaneta. "Cada vez que há um problema grande... cortina de fumaça.
E como ele foi derrotado no referendo constitucional e perdeu apoio, lançou mais uma grande cortina." El País
Francisco Peregil - Enviado especial a Caracas
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
enviada por Sueli Guerra
Chávez é um falastrão inconseqüente que busca com essa sua fala uma saída honrosa para uma guerra criada por ele e que se resolveu sem a participação dele. A sua ameaça é mais ao povo venezuelano que ao governo colombiano. A Colômbia fornece três vezes mais do que compra da Venezuela e, principalmente, alimentos. O comércio entre os dois que em 2003 não chegava a US$ 2 bilhões, em 2007 ultrapassou os US$ 6 bilhões. O risco, portanto, está para a Venezuela que já pena por desabastecimento.
É prudente, por estes dias, tomar cuidado com o bufão Chávez, pois com o desfecho da crise entre o Equador e a Colômbia sem a sua interferência, ele está sentindo que sua liderança não é tão lancinante como supunha e sua importância é questionável. Assim como uma égua acuada dá coice até na sombra, um déspota de canhão armado pode atirar sem se importar com a mira, nem que seja em seu próprio povo.
É prudente, por estes dias, tomar cuidado com o bufão Chávez, pois com o desfecho da crise entre o Equador e a Colômbia sem a sua interferência, ele está sentindo que sua liderança não é tão lancinante como supunha e sua importância é questionável. Assim como uma égua acuada dá coice até na sombra, um déspota de canhão armado pode atirar sem se importar com a mira, nem que seja em seu próprio povo.
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