Leio hoje no Estadão a confirmação de minha tese, a dos restaurantes para pessoas jurídicas.
Consta que esta figura impoluta, o senador Fernando Collor, usa a dita verba indenizatória em restaurantes como o Porcão, em Brasília - onde o rodízio da churrascaria custa R$ 72 por pessoa.
Uma das notas do Porcão, apresentada por Collor, é de R$ 841.
Durante o recesso parlamentar de julho, o senador usou R$ 518 da verba em visita à churrascaria Fogo de Chão, cujo preço por pessoa - sem bebida e sobremesa - é de R$ 79.
Pelo mesmo restaurante passou o tucano Eduardo Azeredo (MG), mas na unidade de Belo Horizonte. Gastou R$ 763,60.
Já o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), senador sem voto que engavetou todos os os processos desta outra figura impoluta, o senador José Sarney, gastou R$ 600 no restaurante Lake’s.
Ex-primeiro-secretário, Efraim Morais (DEM-PB), assim como Collor, também passou pelo Porcão, onde deixou R$ 560 pagos pela verba indenizatória do Senado.
Esteve também no tradicional ponto político Piantella, famoso pelos vinhos e receitas clássicas, onde pagou uma conta de R$ 596.
No dia 30 de julho, uma outra figura impoluta, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), gastou R$ 1,4 mil da verba indenizatória na churrascaria Park Grill, na zona leste de São Paulo.
Candidato em 2010, ele bancou toda a conta de um encontro com delegados do PTB do bairro paulistano.
Já Valter Pereira (PMDB-MS) apresentou uma nota do Buffet Campo Grande, referente a junho, no valor de R$ 2,2 mil.
E por aí vai.
Em uma de suas visitas a São Paulo, o desempregado ex-ministro José Dirceu abriu uma garrafa de vinho a 16 mil reais no Fasano.
Quem paga todas essas contas?
Quem as paga somos nós, que jamais comemos
por 600 reais nem bebemos por 16 mil reais.
por 600 reais nem bebemos por 16 mil reais.
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