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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A verdade sobre Honduras



enviada por Álvaro Pedreira de Cerqueira

Movimentos sociais hondurenhos, comunistas-chavistas, como o MST, Pastoral da Terra e quejandas sordices que tais da terra lulista-petralha tupiniquim.

A prova está a seguir:

Kerenskismo obamista — Honduras e abismo chavista

Assim como o presidente Eduardo Frei Montalva passou para a História como o Kerensky chileno, por pavimentar o caminho para o socialista Allende, assim também o presidente Obama corre o risco de se tornar o Kerensky das Américas, caso empurre Honduras para o abismo chavista.


Por Armando Valladares (*)

Quando ocorreu a destituição do presidente hondurenho Zelaya, por ordem da Suprema Corte desse país e o apoio majoritário do Congresso, Honduras caminhava a passos rápidos rumo a uma ditadura chavista, passando por cima da Constituição e das leis.

Além de seu mais alto órgão judicial, as mais importantes figuras políticas e religiosas de Honduras estavam alertando para o risco chavista.


Não obstante, nem o presidente Obama, nem o secretário geral da OEA — o socialista chileno Insulza —, nem o “moderado” presidente do Brasil, Lula da Silva, e nem sequer, que nos conste, qualquer outro presidente latino-americano disse uma palavra a respeito. Alegava-se a autodeterminação, a necessidade do diálogo, o respeito dos processos políticos internos, etc.

Zelaya e Lula

Todas essas personalidades políticas tiveram oportunidade de falar em favor da liberdade de Honduras, mas, como Pilatos, preferiram lavar as mãos. Menciono as duas mais notórias.



A primeira foi a Cúpula das Américas, em Trinidad Tobago, próxima de Honduras, durante a qual o presidente Obama, com seu estilo neo-kerenkista, se desfez em sorrisos com o presidente-ditador Chávez, flertou com o próprio Zelaya [foto] e com outros presidentes populistas-indigenistas como o equatoriano Correa e o boliviano Morales, prestigiou o “moderado” Lula e anunciou que estava disposto a dialogar e estabelecer um “novo começo” com a sanguinária ditadura castrista.


A segunda foi a Assembléia Geral da OEA — por uma ironia da História realizada na própria Honduras —, na qual, com a aprovação do governo Obama, se absolveu a ditadura castrista e se lhe abriram as portas para que pudesse retornar ao referido organismo internacional.


Diante de seus narizes e dos próprios olhos, os chanceleres dos governos das Américas puderam sentir e ver a grave situação interna de Honduras, mas preferiram lavar as mãos como Pilatos.


Quando se deu a destituição do presidente Zelaya, ordenada pela Suprema Corte hondurenha com base em preceitos constitucionais que impedem a reeleição de um presidente, aí sim, rasgaram-se as vestes, iniciando-se um dos maiores berreiros de esquerdistas e “moderados úteis” da História contemporânea, com verdadeiro linchamento de um pequeno país que decidiu resistir a essas pressões.

Um pequeno país que se agigantou espiritualmente, inspirado na expressão de São Paulo, esperando “contra toda esperança” humana, mas aguardando tudo da Providência e fazendo lembrar, para quem vê com apreensão o drama hondurenho, a figura bíblica de David contra Golias.


No momento em que escrevo estas linhas o deposto presidente Zelaya ameaça retornar a Honduras, com o que, segundo advertência do Cardeal desse país, tornar-se-á responsável pelo sangre fratricida que possa correr.

Diante da resistência hondurenha, até o presidente-ditador Chávez olha para o presidente Obama na esperança de que este a quebre.


Também neste momento noticia-se que a secretária de Estado Hillay Clinton acaba de telefonar ao presidente interino de Honduras para, segundo versões, dar-lhe um ultimato.


A mesma secretária Clinton que em Honduras, durante recente reunião da OEA, aprovou a absolvição da sanguinária ditadura castrista; a mesma que, juntamente com o presidente Obama, está disposta a dialogar com o governo pró-terrorista do Irã; ela, que abre os braços aos comunistas cubanos, que se reúne e ri com o presidente-ditador Chávez, dá um chega-prá-lá na delegação civil hondurenha que foi a Washington simplesmente para explicar sua versão dos fatos.


Raul Castro, Zelaya e Chávez

Como já foi lembrado, o Cardeal de Honduras advertiu o deposto presidente Zelaya de que este será responsável pelo banho de sangue que possa ocorrer, caso force seu regresso ao país.

De minha parte, enquanto ex-preso político cubano durante 22 anos nas masmorras castristas, embaixador dos Estados Unidos por vários anos junto à Comissão de Direitos Humanos da ONU, e como simples cidadão das Américas, tenho a certeza de que assim como o presidente Eduardo Frei Montalva passou para a História como o Kerensky chileno, por pavimentar o caminho ao socialista Allende, assim também o presidente Obama corre o risco de se tornar o Kerensky das Américas, caso contribua para empurrar Honduras rumo ao abismo chavista.

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(*) Armando Valladares, ex-preso político cubano, foi embaixador dos Estados Unidos em Genebra ante a Comissão de Direitos Humanos da ONU durante as administrações Reagan y Bush.

Acaba de receber em Roma um importante prêmio de jornalismo por seus artigos em favor da liberdade em Cuba e no mundo inteiro.

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