Um dos argumentos utilizados pelo senador José Sarney para convencer os demais senadores a apoiá-lo foi o de que Carlos Augusto Montenegro, diretor-presidente do Ibope, lhe havia garantido que o escândalo só tinha chegado às elites, às classes A e B. As classes C, D e E não tomaram, segundo Montenegro, conhecimento do escândalo.
Vamos passar rápido pela injustiça que este tipo de pensamento comete com os milhões de pobres deste país. O que o argumento embute é um tremendo preconceito contra os menos favorecidos, como se eles não se incomodassem com roubo, com apropriação do dinheiro e dos espaços públicos.
Os mais pobres sabem que desvio de dinheiro público é dinheiro desviado da saúde pública, do saneamento, da educação, dos transportes, da habitação popular, dos remédios a preços populares.
Vamos passar rápido.
O fato é que hoje recebi um telefonema de Carlos Augusto Montenegro, que me afirmou categoricamente que não fala com o José Sarney há cinco anos. Afirmou ainda que essa suposta pesquisa não existe e que ele, Montenegro, não pensa dessa forma, bem ao contrário.
Ficam aqui as palavras de Carlos Augusto Montenegro, diretor-presidente do Ibope.
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