A turma da bandidagem foi presa
em flagrante no Amapá
Por O EDITOR
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), candidato à reeleição, e o ex-governador Waldez Góis (PDT), candidato ao Senado, durante a Operação Mãos Limpas, que investiga fraudes em licitações e desvios de verbas públicas do estado e da União.
No total, 600 policiais federais cumprem 18 mandados de prisão, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, nos estados do Amapá, Pará, Paraíba e São Paulo.
No Amapá, foi preso também o secretário de Segurança Pública, Aldo Alves Ferreira. Ele é delegado da Polícia Federal e, segundo a assessoria do órgão, se licenciou para assumir o cargo.
Os três estão presos no quartel do Exército, em Macapá.
Durante a operação, os policiais cercaram o palácio do governo do Amapá, a sede da prefeitura de Macapá e a Assembleia Legislativa, onde apreenderam computadores e documentos.
Os suspeitos estão sendo investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.
Segundo a PF, as investigações começaram em agosto de 2009.
As apurações revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), e doFundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
Ainda de acordo com as investigações, a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação não respeitavam as formalidades legais e beneficiavam empresas previamente selecionadas.
Apenas uma empresa de segurança e vigilância privada manteve contrato emergencial por três anos com a Secretaria de Educação, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões, e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.
Durante as investigações, constatou-se ainda que o mesmo esquema era aplicado em outros órgãos públicos
Setembro 10, 2010
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