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domingo, 22 de agosto de 2010

O “duce” quer fazer a “Marcha sobre São Paulo”. Ou: um bigode em busca de uma causa




O “duce” quer fazer a
“Marcha sobre São Paulo”.

Ou: um bigode em busca de uma causa


Vocês certamente acharão no arquivo deste blog, se procurarem, mais de um texto em que afirmo que pouco importa quantas eleições presidenciais vença o PT, essa vitória sempre será incompleta e sempre será lida como uma meia-derrota enquanto o partido não tomar o Palácio de Inverno - digo, o Palácio dos Bandeirantes.

Só aí a “revolução” estará completa.



Ok. Posso mudar de metáfora, do bolchevismo para o fascismo.

Os petistas se organizam para fazer a Marcha Sobre São Paulo.

Aqui como lá, o “duce” é um ex-sindicalista socialista, determinado a tornar as instituições meros instrumentos do estado-partido-governo.

É inadmissível para uma agremiação com as características do PT que um terço do PIB não esteja sob o seu comando absoluto.

É claro que há petistas governando cidades importantes no Estado, que está sujeito à legislação federal.

Mas estamos falado do segundo Orçamento do país, que só perde para o da União.

Enquanto São Paulo for governado por “inimigos”
(o PT não tem “adversários”), será sempre um pólo aglutinador de uma alternativa de poder.

Isso é normal numa democracia.

Ocorre que esse partido não aceita uma democracia normal.

Os petistas já estão dando a eleição presidencial como ganha - essa gene não tem moderação nem quando está atrás nas pesquisas; imaginem com uma larga vantagem - e se preparam para invadir o que consideram hoje a única cidadela do inimigo.

Está jogando pesado e vai intensificar a guerra suja.

Lula, o “duce”, deu a senha na sexta-feira ao afirmar que o pedágio que se cobra no estado é um “roubo” - ele usou essa palavra.

Dado a comparações despudoradas, ofereceu o “seu” modelo, que é o que vigora na Fernão Dias, onde o pedágio é barato, e a estrada, uma porcaria.


ATENÇÃO!




O partido conta com veículos simpáticos a essa pregação vigarista e com jornalistas dispostos a lhe servir como assessoria de imprensa.

Na sexta, durante uma viagem de carro - retomo a minha rotina neste domingo à noite -, li a “sabatina” de Mercadante no Estadão.

E comentei com Dona Reinalda:

“Será que ele é alérgico à verdade?

Teme um choque anafilático?”

Com o desassombro de um bigode em busca de uma causa, amparado no seu “padrinho” - já falo como isso é feio num peludo… -, afirmou que São Paulo cresce menos do que o Brasil.

É mentira! Cresceu o mesmo em 2004 e cresce mais desde 2005. E ele sabe que eu falo a verdade.

E como Mercadante explica a fabulosa redução no número de homicídios por 100 mil no Estado nos últimos 10 anos, mais de 70%?

Sem medo de dizer o contrário da verdade ao leitor, atribuiu a queda ao Estatuto do Desarmamento, sugerindo que o Brasil todo se beneficiou com o crescimento econômico…



Falso como nota de R$ 3.

É mais uma mentira, Mercadante!


Segundo o Mapa da Violência, entre 2002 e 2007, os homicídios por 100 mil habitantes no Nordeste cresceram 32,4%.

Na Bahia, o aumento foi de 97%; em São Paulo, a queda foi de 60,5%.

E Mercadante não vai me contestar porque sabe que estou certo.


A redução de 11,57% no país como um todo se deveu a São Paulo.

O dono

O presidente da República não pode dizer que Mercadante continuará a sua obra porque o cargo é outro.

O candidato não ficaria bem no papel de “a muié do Lula”, embora, curiosamente, a campanha petista apele, com todo respeito, a uma desvirilização do senador, que surge com aquela falinha mansa, simulando o comportamento de um jovem bem-intencionado e idealista, um arzinho, assim, de normalista preocupada em fazer tudo direitinho, sob a gerência do macho alfa.

E aí vem o texto:

“Quero lhe pedir que você deposite em Mercadante a mesma confiança que depositou em mim etc…”


O senador pode pleitear o cargo?

Claro que sim!

Os petistas é que criminalizam os que têm a coragem de disputar eleições com eles.

O confronto é legítimo.

Mas custa falar a verdade?


De volta à marcha


Podem esperar. A armada petista tentará ocupar São Paulo de mala e cuia.

É a cidadela que resta ao “inimigo”.

E a fala de Lula no comício deixa clara a opção pelo vale-tudo.

Fatias da imprensa dispostas a facilitar o seu trabalho já existem.

Elas se encarregaram de “popularizar”, por exemplo, a pauta do “pedágio”, um dos maiores escândalos do jornalismo de que me lembro. Não só isso:

considera-se um verdadeiro absurdo que o PSDB possa estar no poder no estado há 16 anos, como se essa condição não tivesse sido conquistada nas urnas.

Já a eventual eleição de Dilma - e, a ser assim, os 12 do PT - seriam apenas evidência da competência do PT, ora essa!




Os romanos que se cuidem, se é que vocês me entendem… 

22/08/2010

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