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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Chávez proíbe notícias de violência na Venezuela de olho nas eleições

País teve mais assassinatos em 2009 que o Iraque e a média de homicídios na capital supera as de Bogotá e de São Paulo.







O presidente da Venezuela, Hugo Chávez , há muito tempo está sufocando a imprensa. Ele tenta controlá-la de todas as formas possíveis, cerceando com leis, controlando a venda de papel e agora proibindo as notícias sobre violência, que está crescendo demais no país. Chávez tenta esconder os números porque terá eleições parlamentares em setembro.


Mas o país tem dados alarmantes. A Venezuela teve mais de 16 mil assassinatos em 2009, enquanto o Iraque somou 4.644. Desde 1997 já foram 43.792 mortes deste tipo. No México, que convive com a violência dos cartéis das drogas, foram 28 mil no período.

A estatística também não é favorável quando se compara as mortes por grupo de 100 mil habitantes em Caracas com as de outras cidades sul-americanas. A capital venezuelana registra 200, contra 22,7 de Bogotá, na Colômbia, e 14 em São Paulo. É por isso que Chávez tenta esconder os números sobre violência.


Há outras questões também. A Venezuela enfrenta problemas econômicos. É o único país da América do Sul que não está crescendo e convive com a recessão desde o ano passado. A previsão é que feche 2010 com crescimento negativo de 2,8%.

Os venezuelanos estão numa situação crítica: violência crescendo, recessão e inflação, que deve ser a mais alta da região (35% este ano).

A Argentina está seguindo os mesmos passos. Aprovou uma lei que restringe a liberdade da imprensa e agora controla o fornecimento da matéria-prima dos jornais, o papel.

A presidente, Cristina Kirchner, quer estatizar a empresa mantida pelos empresários do setor e que fornece papel para eles mesmos. Kirchner usa o argumento de que eles teriam colaborado com a ditadura há 35 anos.

A Venezuela fará eleições em setembro, a oposição vai avançar, mas as regras que Hugo Chávez já aprovou vão favorecer o governo.

24.Agosto.2010
 

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