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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lula mente compulsivamente...


Lula mente e o jornalista constrói uma fábula para não dizer que ele mentiu.



Lula, em discurso, alguns dias atrás:


“Uma vez eu estava almoçando na Folha de S.Paulo e o diretor da Folha de S.Paulo perguntou para mim:

“Escuta aqui, candidato, o senhor fala inglês?”

Eu disse não.

“Como é que você quer governar o Brasil se não fala inglês?”

Eu falei:

“Mas eu vou arrumar um tradutor”.

“Mas assim não é possível.

O Brasil precisa ter um presidente que fala inglês”.

E eu perguntei para ele:

“Alguém já perguntou se o Bill Clinton fala português?”, afirmou.

“Eles achavam que Bill Clinton não tinha obrigação de falar português.

Era eu, o subalterno, o país colonizado, que tinha que falar inglês.

Teve uma hora que eu me senti chateado e levantei da mesa.

E falei:

“Não vim aqui para dar entrevista, vim para almoçar.

Se é entrevista eu vou embora”.

E levantei, larguei o almoço, peguei o elevador e fui embora.”


Clóvis Rossi, articulista e editorialista da Folha de São Paulo, do Grupo Folha, dono da Gráfica Plural e do Datafolha, ambas empresas com relevevantes serviços prestados ao lulo-petismo, desmente Lula.

Desmente?

Não, usa meias palavras para não chamar Lula de mentiroso.

Vejam:


Lula inventou uma fábula

Para não dizer que o presidente Lula mentiu sobre o que aconteceu no almoço de 2002 nesta Folha, em que se sentiu discriminado, digamos que ele contou uma fábula, com escasso parentesco com a realidade.

Para começar, o único presidente norte-americano que frequentou a conversa não foi Bill Clinton, jamais mencionado, ao contrário do que diz Lula, mas Abraham Lincoln.

Foi Otavio Frias Filho, diretor de Redação, quem lembrou que Lincoln também não tivera educação superior, o que não impediu que fizesse um bom governo.

Depois dessa observação nada discriminatória, Otavio perguntou por que Lula não se preocupou em estudar mais, depois de ter se estabelecido na vida, como dirigente sindical primeiro e como líder partidário depois.

Lula não respondeu nada, ao contrário da fábula que conta agora.

Limitou-se a dizer que se sentia desrespeitado e que, por isso, não responderia.

A conversa ainda transitou por outros temas durante um tempo até que Otavio voltou a perguntar, agora sobre a ligação do PT com o fisiologismo.

De novo, Lula não respondeu, a não ser para dizer que não tinha culpa de que não estivesse bem nas pesquisas o candidato do diretor de Redação (do qual não deu o nome).

Levantou-se e foi embora.

A reação do então candidato foi tão mais estranha porque, dias antes, Miriam Leitão fizera pergunta parecida e Lula dera uma resposta esperta:

nenhuma universidade prepara alguém para ser presidente da República.

O que incomoda nesse episódio não é ele em si, menor.

É a fabulação que o presidente faz em torno do que aconteceu.

Por acaso, eu estava no almoço e sei perfeitamente o que se disse e o que não se disse.

Como posso confiar em que Lula não fabula também ao relatar encontros com políticos ou governantes estrangeiros?


A imprensa brasileira é a maior culpada pela construção do mito Lula.

Lula é a sua grande criação.

A imprensa brasileira, quanto mais apanha, mais protege o Lula.

Mais enleva.

Mais endeusa.

Um dia a imprensa brasileira vai pagar muito caro por isso. Está no PNDH 3.

Está no Plano de Governo da Dilma.




 Agosto 26, 2010

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