Eu me lembro que quando eu chamei o Celso Amorim e, logo depois, convidei o Marco Aurélio para trabalhar como meu assessor, não faltaram pessoas que tentaram criar disputas de que eu tinha um chefe das relações internacionais e um assessor especial e que, portanto, ia ter um confronto entre os dois.
E, para nossa felicidade, muitos companheiros que eram militantes de esquerda na década de 80 estão se transformando em governo.
Então, nós passamos a ter uma relação privilegiada com presidentes e com ministros que eram militantes, junto conosco, do Foro de São Paulo, tentando encontrar uma saída democrática para a esquerda na América Latina.
Essa função de assessor especial é uma função que permite, ao mesmo tempo, a gente ter uma relação de alto nível com o presidente de um país e, ao mesmo tempo, ter uma relação de alto nível e de confiança com a oposição daquele país, com os sindicatos daquele país, com os grupos indígenas, com o movimento social, porque é uma relação construída ao longo de 15 ou 20 anos. Não é uma coisa que aconteceu porque alguém tem um cargo, é uma coisa que aconteceu porque nós temos uma relação.
Então, eu quero, Celso Amorim, falar isso porque já estamos com 32 meses de governo e eu acho que você e o Marco Aurélio deram uma dimensão extraordinária de que é possível a gente construir não apenas a grande diplomacia brasileira, mas é capaz de fazer mais do que isso, a gente é capaz de ir à Bolívia conversar com os presidentes, conversar com os senadores e depois chamar o Evo Morales e conversar com ele com a mesma respeitabilidade, com o mesmo grau de reconhecimento, e assim vale.
Foi isso que permitiu que a gente conseguisse criar o Grupo de Amigos para ajudar a Venezuela, porque ao mesmo tempo que a gente conversava com o Chávez, ao mesmo tempo que a gente conversava com a direita na Venezuela, a gente conversava com os setores de esquerda da Venezuela, para que houvesse essa compreensão.
Foi isso que permitiu que a gente conseguisse criar o Grupo de Amigos para ajudar a Venezuela, porque ao mesmo tempo que a gente conversava com o Chávez, ao mesmo tempo que a gente conversava com a direita na Venezuela, a gente conversava com os setores de esquerda da Venezuela, para que houvesse essa compreensão.
O mesmo aconteceu com o Equador, o mesmo aconteceu com o Uruguai, é uma coisa que eu acho extraordinária, essa relação entre vocês dois e a possibilidade de ver a América do Sul numa ascensão de consolidação da democracia, tal como estamos vivendo hoje...
1Bc “Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no encerramento do Encontro de Governadores da Frente Norte do Mercosul, em Belém, Pará, 06 de dezembro de 2007”.
...Primeiro, quero falar um pouco do Mercosul e falar um pouco da nossa América do Sul.
Meus companheiros representantes dos países da América do Sul, eu tive a felicidade de, em 1990, convocar – se eu não falei dos senadores, eu quero cumprimentar os senadores aqui presentes – eu tive o prazer de convocar a primeira reunião da esquerda na América Latina, em 1990.
Eu tinha terminado a eleição de 89, nós tínhamos saído muito fortalecidos do processo eleitoral e era preciso, então, fazer um chamamento a todas as organizações de esquerda que militavam na política da América Latina, para que pudéssemos começar a estabelecer uma estratégia de procedimento entre a esquerda da América Latina.
Eu tinha terminado a eleição de 89, nós tínhamos saído muito fortalecidos do processo eleitoral e era preciso, então, fazer um chamamento a todas as organizações de esquerda que militavam na política da América Latina, para que pudéssemos começar a estabelecer uma estratégia de procedimento entre a esquerda da América Latina.
Eu me lembro, Chacho, como se fosse hoje, era época da Copa do Mundo de 1990, e a reunião foi feita em São Paulo, por isso é que ficou constituído o Foro de São Paulo.
Só da Argentina tinha 13 organizações políticas, 13 grupos de esquerda que não conversavam entre si.
A única coisa que os unia era o Maradona, naquele momento. A República Dominicana, que é um país pequeno, tinha 18 organizações de esquerda naquele encontro. Parecia, Ana Júlia, o PT.
Só da Argentina tinha 13 organizações políticas, 13 grupos de esquerda que não conversavam entre si.
A única coisa que os unia era o Maradona, naquele momento. A República Dominicana, que é um país pequeno, tinha 18 organizações de esquerda naquele encontro. Parecia, Ana Júlia, o PT.
Foi uma reunião muito difícil porque as pessoas não confiavam em si, cada um desconfiava do outro, cada um era mais revolucionário do que o outro, cada um era mais guerrilheiro do que o outro.
E era preciso, então, criar um ponto de equilíbrio para fazer as pessoas entenderem. Eu descobri isso nas eleições de 89, que era possível, com um pouco de organização, o povo chegar ao poder em qualquer país do mundo e em qualquer país da América do Sul.
E era preciso, então, criar um ponto de equilíbrio para fazer as pessoas entenderem. Eu descobri isso nas eleições de 89, que era possível, com um pouco de organização, o povo chegar ao poder em qualquer país do mundo e em qualquer país da América do Sul.
Pois bem, passados esses 18 anos, ou melhor, vamos pegar 14 anos atrás. Nós fizemos uma pequena revolução democrática na América do Sul e na América Latina. Eu, por exemplo, conheci o (Fidel) em um encontro que fizemos em Cuba.
Tinha acabado de ser preso por conta do golpe e acabado de ser liberado. Conheci o Chávez em um encontro do Foro de São Paulo, como conheci também o Daniel Ortega, como conheci tantos companheiros da Argentina, do Chile, do Uruguai, do Paraguai, da Bolívia, do Equador, da Venezuela, da Colômbia.
Qual é a mudança que houve nesses 18 anos? Olhem o mapa da América do Sul hoje. O que aconteceu na América do Sul é um fenômeno político que, possivelmente, os sociólogos levarão um tempo para compreender por que aconteceu tão rápido a mudança que houve, uma mudança extremamente importante.
Eu lembro que quando o companheiro Duhalde – eu ganhei as eleições de 2002 e o primeiro país a visitar foi a Argentina – falou assim para mim: “Lula, eu vou eleger”... o Menem estava se metendo a ser candidato outra vez, e não sei mais quem, tinha até corredor de automóvel que ia ser candidato na Argentina.
E o Duhalde falou: “Lula, nós vamos eleger aqui o Kirchner”. Eu perguntei: quem é Kirchner? Ele falou:
“É o governador de Santa Cruz. Ele não é conhecido aqui em Buenos Aires, mas nós vamos elegê-lo”.
Pois bem, seis meses depois o Kirchner era presidente da Argentina. Depois foi um processo, com Tabaré; depois foi um processo, com Nicanor Duarte, no Paraguai; depois foi um processo no Equador, que não deu certo no primeiro momento, mas deu certo no segundo momento, com Rafael Correa.
O Chávez era o único presidente até então existente, na América do Sul, com cara progressista, com compromissos efetivos com o povo mais pobre.
E o Duhalde falou: “Lula, nós vamos eleger aqui o Kirchner”. Eu perguntei: quem é Kirchner? Ele falou:
“É o governador de Santa Cruz. Ele não é conhecido aqui em Buenos Aires, mas nós vamos elegê-lo”.
Pois bem, seis meses depois o Kirchner era presidente da Argentina. Depois foi um processo, com Tabaré; depois foi um processo, com Nicanor Duarte, no Paraguai; depois foi um processo no Equador, que não deu certo no primeiro momento, mas deu certo no segundo momento, com Rafael Correa.
O Chávez era o único presidente até então existente, na América do Sul, com cara progressista, com compromissos efetivos com o povo mais pobre.
E hoje nós vemos que o que aconteceu na América do Sul está se espraiando para a América Central e para a América Latina, em quase todos os países.
Na Guatemala, acaba de ganhar um companheiro, muito companheiro nosso, que participou do Foro de São Paulo.
Nós vamos ter eleições agora em El Salvador e, certamente, ganhará um companheiro da Frente Farabundo Marti as eleições para a presidência de El Salvador, pelo menos é o que as pesquisas estão indicando.
A eleição no Panamá foi um avanço extraordinário, com o companheiro Torrijos, e assim nós estamos avançando.
Há um mapa exatamente antagônico ao mapa que existiu de 1980 a 1990, ou ao ano 2000. Quando o povo teve oportunidade, na América do Sul, ele fez uma guinada completa, ele trocou o neoliberalismo pelo que tinha de mais avançado em políticas sociais em todos os países da América do Sul, e está acontecendo, agora, na América Latina...
Na Guatemala, acaba de ganhar um companheiro, muito companheiro nosso, que participou do Foro de São Paulo.
Nós vamos ter eleições agora em El Salvador e, certamente, ganhará um companheiro da Frente Farabundo Marti as eleições para a presidência de El Salvador, pelo menos é o que as pesquisas estão indicando.
A eleição no Panamá foi um avanço extraordinário, com o companheiro Torrijos, e assim nós estamos avançando.
Há um mapa exatamente antagônico ao mapa que existiu de 1980 a 1990, ou ao ano 2000. Quando o povo teve oportunidade, na América do Sul, ele fez uma guinada completa, ele trocou o neoliberalismo pelo que tinha de mais avançado em políticas sociais em todos os países da América do Sul, e está acontecendo, agora, na América Latina...
1Bd “Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao jornalista Joaquín Sola, do programa Desde el Llano, do canal de TV TN, em Buenos Aires, Argentina, em 23 de fevereiro de 2008. Entrevista publicada em 25/02/2008”.
... Eu não esqueço nunca, quando em junho de 1990, eu fiz em São Paulo um encontro de toda a esquerda latino-americana, para que a gente pudesse começar a discutir a nossa participação no processo democrático.
Eu fico muito feliz porque depois daquela reunião, todo ano nós fazíamos um encontro do Foro de São Paulo. A esquerda não conversava entre si.
Hoje, em todos os países, com exceção das Farc, aqueles que eram setores de esquerda estão tentando disputar o poder pela via democrática, pelas eleições livres e diretas. Esse é um ganho extraordinário...
Hoje, em todos os países, com exceção das Farc, aqueles que eram setores de esquerda estão tentando disputar o poder pela via democrática, pelas eleições livres e diretas. Esse é um ganho extraordinário...
1Be “Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao jornalista Fernando Morais, para a revista Nosso Caminho, no Palácio do Planalto,DF, em 06 de novembro de 2008”.
Então, eu penso que está mudando o mundo.
E graças a Deus ele começou a mudar na nossa querida América do Sul. Eu fico vendo o Colon eleito lá na Guatemala, eu fico vendo a possibilidade do Maurício ser eleito lá em El Salvador, eu fico imaginando o Torrijos eleger uma outra mulher no Panamá. Logo, logo terá eleições em outros países, e eu estou percebendo que os setores progressistas e de esquerda da América Latina estão fazendo um aprendizado extraordinário de como chegar ao poder.
E aí eu fico mais feliz porque quando nós criamos o Foro de São Paulo, em 1990, nós tivemos em junho a primeira reunião e a idéia era tentar unificar o comportamento da esquerda na América Latina para que a gente pudesse se organizar em um partido, para que a gente pudesse... naquele tempo tinha muito grupos de luta armada no Brasil, (ou seja), na América do Sul.
Hoje, com exceção das Farc, não tem nenhum grupo armado e todo mundo está chegando ao poder pela via democrática. É um avanço extraordinário.
E graças a Deus ele começou a mudar na nossa querida América do Sul. Eu fico vendo o Colon eleito lá na Guatemala, eu fico vendo a possibilidade do Maurício ser eleito lá em El Salvador, eu fico imaginando o Torrijos eleger uma outra mulher no Panamá. Logo, logo terá eleições em outros países, e eu estou percebendo que os setores progressistas e de esquerda da América Latina estão fazendo um aprendizado extraordinário de como chegar ao poder.
E aí eu fico mais feliz porque quando nós criamos o Foro de São Paulo, em 1990, nós tivemos em junho a primeira reunião e a idéia era tentar unificar o comportamento da esquerda na América Latina para que a gente pudesse se organizar em um partido, para que a gente pudesse... naquele tempo tinha muito grupos de luta armada no Brasil, (ou seja), na América do Sul.
Hoje, com exceção das Farc, não tem nenhum grupo armado e todo mundo está chegando ao poder pela via democrática. É um avanço extraordinário.
1Bf “Entrevista concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao final da 5ª Cúpula das Américas, em Porto de Espanha, Trinidad e Tobago, em 19 de abril de 2009”.
Pode parecer ilusão, mas eu sou um otimista porque como eu já vivi muito tempo de crise aqui na América Latina, como já há muitas décadas eu tinha lido “As veias abertas da América Latina”, como eu vivi na oposição na América Latina, como o Brasil e o PT...
Eu e o Marco Aurélio, sobretudo, temos responsabilidade com a organização da esquerda na América Latina, porque criamos o Foro de São Paulo, e hoje, vários companheiros que assumiram a Presidência, eram companheiros do Foro de São Paulo, que participaram desde os anos 90.
Então, como eu conheço toda essa gente, eu vou ficando otimista cada vez que eu vejo que a reunião andou um passo. De passo em passo, termina o meu mandato, vem outra pessoa, vai continuar dando passos, aí nós construiremos uma muralha da China aqui na América Latina.
Eu e o Marco Aurélio, sobretudo, temos responsabilidade com a organização da esquerda na América Latina, porque criamos o Foro de São Paulo, e hoje, vários companheiros que assumiram a Presidência, eram companheiros do Foro de São Paulo, que participaram desde os anos 90.
Então, como eu conheço toda essa gente, eu vou ficando otimista cada vez que eu vejo que a reunião andou um passo. De passo em passo, termina o meu mandato, vem outra pessoa, vai continuar dando passos, aí nós construiremos uma muralha da China aqui na América Latina.
1C Referências à importância do Foro de São Paulo no Livro de Resoluções do 3º Congresso do PT, em 2007.
“A década dos noventa a crise dos países socialistas, cujo auge foi entre o final dos anos oitenta e o início dos anos noventa, impactou fortemente as relações internacionais do PT, consolidou a opção petista por trilhar caminhos próprios no cenário mundial, desenvolvendo relações com todos os partidos democráticos e de esquerda, pertencentes a diferentes tradições.
Esta opção pluralista se materializou com força na convocatória das organizações, movimentos e partidos de esquerda da América Latina e Caribenha para uma reunião, em julho de 1990, na cidade de São Paulo. A motivação principal desta reunião foi reunir as esquerdas do continente, para refletir sobre os acontecimentos pós-queda do Muro de Berlim e pensar alternativas ao predomínio das políticas neoliberais executadas por governos como os de Collor, Menem, Fujimori e Salinas de Gortari.
A partir da convocatória feita pelo PT, nasceu o que futuramente se chamaria Foro de São Paulo, que ao longo dos últimos 17 anos contou com a participação ativa da Frente Ampla de Uruguai, da Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador, da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) de Nicarágua, do Partido Revolucionário Democrático (PRD do México e do Partido Comunista de Cuba, entre outras forças políticas.
Além de participar ativamente do Foro de São Paulo, respondendo por sua Secretaria Executiva, o PT participa da Conferência Permanente de Partidos Políticos de América Latina (COPPPAL) e da Coordinación Socialista Latinoamericana (CSL)”.
Além de participar ativamente do Foro de São Paulo, respondendo por sua Secretaria Executiva, o PT participa da Conferência Permanente de Partidos Políticos de América Latina (COPPPAL) e da Coordinación Socialista Latinoamericana (CSL)”.
“...O PT seguiu dando prioridade ao Foro de São Paulo, como instância comprometida com a integração regional, a confraternização, o diálogo, o intercâmbio de experiências, a solidariedade e a unidade de ação de amplos setores da esquerda de nosso continente, sem perder de vista a pluralidade política e a diversidade cultural latino-americana e caribenha”.
“Partindo da fraternidade universal dos povos, afirmamos o valor estratégico do internacionalismo. Tal perspectiva ganha força ao pensarmos na multiplicidade de iniciativas em favor de uma nova ordem mundial, constituindo o internacionalismo como fruto de diálogos entre os diversos atores e sujeitos políticos, sociais e culturais.
O internacionalismo e a solidariedade internacional incluem as lutas de cunho planetário, em torno da preservação do meio ambiente e da paz mundial.
O Foro de São Paulo, a Aliança Social Continental, o Fórum Social Mundial, as iniciativas de integração regional e tantas outras, ao congregar partidos, movimentos e governos (em seus diversos níveis), articulam lutas e demandas locais, nacionais, regionais e mundiais, permitindo tecer alianças rumo a um outro mundo, que pretendemos seja socialista”.
O Foro de São Paulo, a Aliança Social Continental, o Fórum Social Mundial, as iniciativas de integração regional e tantas outras, ao congregar partidos, movimentos e governos (em seus diversos níveis), articulam lutas e demandas locais, nacionais, regionais e mundiais, permitindo tecer alianças rumo a um outro mundo, que pretendemos seja socialista”.
“Atribuições, funcionamento e plano de trabalho da SRI A Secretaria de Relações Internacionais do PT (SRI) tem as seguintes atribuições:
...3) fortalecer a presença do PT no mundo, através dos núcleos, da difusão de material partidário, do contato com os meios de comunicação, do envio e recepção de delegações internacionais, da presença partidária em eventos internacionais.
Organizar visitas periódicas aos partidos amigos, bem como a países de importância estratégica. Implementar a presença e a atuação sistemática do PT nos países governados por partidos amigos, com destaque para a América Latina e Caribenha. Acompanhar os organismos internacionais que reúnem partidos políticos, com destaque para o Foro de São Paulo;”
Organizar visitas periódicas aos partidos amigos, bem como a países de importância estratégica. Implementar a presença e a atuação sistemática do PT nos países governados por partidos amigos, com destaque para a América Latina e Caribenha. Acompanhar os organismos internacionais que reúnem partidos políticos, com destaque para o Foro de São Paulo;”
“A SRI deve organizar uma rotina de viagens internacionais de dirigentes do Partido, com base no plano político aprovado pelo 3º Congresso do PT, dando ênfase para aqueles países governados por partidos de esquerda e progressistas; para aqueles de grande importância estratégica; para aqueles onde a esquerda possui grande força política e eleitoral.
Faz parte desta rotina acompanhar as reuniões do Foro de São Paulo e as iniciativas relacionadas a integração continental (Parlamento, Cúpulas sociais, reuniões de chefes de Estado)”.
Faz parte desta rotina acompanhar as reuniões do Foro de São Paulo e as iniciativas relacionadas a integração continental (Parlamento, Cúpulas sociais, reuniões de chefes de Estado)”.
“A SRI, enquanto o PT for escolhido para esta tarefa pelo FSP, será encarregada de manter a secretaria executiva do Foro de São Paulo...
Desde sua criação, a SRI já foi dirigida por: Luís Eduardo Greenhalgh, Francisco Weffort, Marco Aurélio Garcia, Aloizio Mercadante, Paulo Delgado e Paulo Ferreira”.
“Plano de trabalho 2007-2010
Cabe ao Diretório Nacional elaborar o plano de trabalho da SRI, com base nas resoluções políticas e organizativas do 3º Congresso, observando a evolução da situação internacional.
Dentre as prioridades para o próximo período, o Congresso aponta as seguintes:...
3.XIV Encontro do Foro de São Paulo, em 2008, em Montevidéu.
4.XV Encontro do Foro de São Paulo, em 2009, em Cidade do México...”
1D A terceira parte do vídeo do PT sobre o IIIº Congresso (2007), cujos trechos foram reproduzidos acima, também faz referências à importância do Foro de São Paulo na promoção do internacionalismo para a construção do socialismo na região.
Cópia disponível no canal do M@M:
2. O Foro de São Paulo, as Farc e o PT
2B Do antigo site do PT, hospedado então no Universo Online (UOL). As páginas foram recuperadas através da Wayback Machine.
2Ba Lista dos partidos membros do Foro de São Paulo,que incluía as FARC:
2Bb Pronunciamento oficial do Foro de São Paulo em favor das Farc, justificando sua atividade guerrilheira como reação ao governo federal.
X Encontro (Cuba)
PRONUNCIAMENTO SOBRE O II ENCONTRO PELA PAZ NA COLÔMBIA
O X Encontro do Foro de São Paulo, realizado em Havana, Cuba, de 4 a 7 de dezembro do ano 2001, declara sua preocupação ante a acentuação da situação na Colômbia.
As constantes matanças de camponeses em distintos lugares do país, ameaças, encarceramentos, desaparições de pessoas, constituem mostras da constante violação dos direitos humanos por parte do Governo colombiano, o qual provocou a resposta popular convertida em ações políticas, diplomáticas e guerrilheiras por parte do povo colombiano.
As constantes matanças de camponeses em distintos lugares do país, ameaças, encarceramentos, desaparições de pessoas, constituem mostras da constante violação dos direitos humanos por parte do Governo colombiano, o qual provocou a resposta popular convertida em ações políticas, diplomáticas e guerrilheiras por parte do povo colombiano.
Nesse marco se realizou em San Salvador, durante os dias 20, 21 e 22 de julho deste ano, o I Encontro Internacional de Solidariedade e pela Paz na Colômbia e América Latina, realizado por iniciativa e sob a direção da FMLN de El Salvador.
O II Encontro Internacional de Solidariedade e pela Paz na Colômbia e América Latina se celebrará na Cidade do México, nos dias 4 e 5 de março do próximo ano, tendo como anfitriões de dito evento os companheiros do Partido do Trabalho do México.
O X Encontro se pronuncia por convidar todas as organizações e partidos membros do Foro de São Paulo a apoiar e participar ativamente deste evento.
O II Encontro Internacional de Solidariedade e pela Paz na Colômbia e América Latina se celebrará na Cidade do México, nos dias 4 e 5 de março do próximo ano, tendo como anfitriões de dito evento os companheiros do Partido do Trabalho do México.
O X Encontro se pronuncia por convidar todas as organizações e partidos membros do Foro de São Paulo a apoiar e participar ativamente deste evento.
2Bc Resolução do Foro de São Paulo em apoio às FARC, descrevendo e defendendo sua atuação como exercício “dos direitos de rebelião e autodeterminação dos povos” e rechaçando, também para o caso das FARC, “o qualificativo de terroristas” pois seriam somente uma “forma de resistência”.
X Encontro (Cuba)
RESOLUÇÃO DE CONDENAÇÃO AO PLANO COLÔMBIA E DE SOLIDARIEDADE COM A LUTA DO POVO COLOMBIANO
O X Encontro do Foro de São Paulo reunido de 4 a 7 de dezembro de 2001, em Havana, Cuba.
CONSIDERANDO:
1. A grave crise econômica, política e social que sofre o povo colombiano, produto das políticas desenvolvidas pelo Estado e seus diferentes governos, aplicando as imposições do Império e as receitas do Fundo Monetário Internacional - FMI.
2. A justa e necessária luta de colombianas e colombianos por construir a sociedade que merecem, em paz, com justiça social, dignidade e soberania.
3. O desenvolvimento de medidas imperiais como o Plano Colômbia e seu complemento, a Iniciativa Regional Andina, verdadeiros planos de guerra contra o povo colombiano, latino-americano e caribenho.
4. O terrorismo de Estado que segue assassinando a população civil paralisada pela ação de seus grupos paramilitares.
RESOLVE:
5. Apoiar e encoraja os processos de diálogos desenvolvidos pelas FARC - Exército do Povo e o ELN, em busca de soluções diferentes à guerra para a grave crise colombiana e o conflito social, político e armado, ficando à disposição, na medida de nossas possibilidades e as necessidades dos processos.
6. Manifestar sua solidariedade e reconhecimento com a Frente Social e Política como expressão importante da organização de colombianos e colombianas no desenvolvimento da luta por seus direitos.
7. Repudiar e condenar novamente o Plano Colômbia e seu complemento, a Iniciativa Regional Andina, e organizar a resistência popular como parte da corrente de lutas contra a dominação neocolonial da qual fazem parte megaprojetos como a ALCA.
8. Manifestar publicamente, como forças e movimentos políticos anti-imperialistas, nossa defesa aos direitos de rebelião e autodeterminação dos povos do mundo e rechaçar o qualificativo de terroristas para toda forma de resistência.
9. Ratificar a legitimidade, justeza e necessidade da luta das organizações colombianas e solidarizar-nos com elas.
10. Condenar energicamente o terrorismo de Estado e demandar castigo ao paramilitarismo e seus responsáveis materiais e intelectuais, nacionais e estrangeiros.
11. Reivindicar o reconhecimento dos presos políticos e sindicais na Colômbia e exigir sua liberdade imediata. Pedir o pleno exercício do direito à defesa e a aplicação urgente das recomendações da ONU para modificar as condições carcerárias deploráveis em contradição com as normas elementares da dignidade humana.
Cidade de Havana, 7 de dezembro de 2001.
Agosto de 2010
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