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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Tradução do discurso do Primeiro-Ministro Biniamin Netanyahu na ONU (set.09)



Senhor Presidente, Senhoras e Senhores,

Há quase 62 anos atrás, as Nações Unidas reconheceram o direito dos judeus, um povo antigo de 3.500 anos de idade, de ter um Estado próprio na terra de seus ancestrais.

Eu estou aqui hoje como o primeiro-ministro de Israel, o estado judeu, e eu lhes falo em nome do meu país e do meu povo.

A ONU foi fundada após a carnificina da Segunda Guerra Mundial e dos horrores do Holocausto.

Ela foi encarregada de evitar a repetição de tais acontecimentos horrendos.

Nada tem minado esta missão central mais do que a agressão sistemática contra a verdade. Ontem, o homem que chamou o Holocausto de mentira falou nesta tribuna, lançando suas mais recentes arengas anti-semitas. Apenas alguns dias antes, ele mais uma vez afirmou que o Holocausto é uma mentira.

No mês passado, fui a uma vila em um subúrbio de Berlim chamada Wannsee.

Lá, em 20 de janeiro de 1942, após uma lauta refeição, altos oficiais
nazistas reuniram se e decidiram a forma de exterminar o povo judeu.

As minutas detalhadas desta reunião [a Conferência de Wannsee (1942), em que autoridades nazistas planejaram a "solução final" que levou à morte de 6 milhões de judeus] foram preservadas pelos sucessivos governos alemães.


Aqui está uma cópia das minutas, onde os nazistas registraram instruções precisas e detalhadas sobre como levar a cabo o extermínio dos judeus.

Será que isto é uma mentira?

Um dia antes de eu ir a Wannsee, me foram entregues, em Berlim, as plantas originais da construção dos campos de extermínio de Auschwitz-Birkenau.

Elas contêm a assinatura de Heinrich Himmler, o próprio adjunto de Hitler. Aqui está uma cópia das plantas Auschwitz-Birkenau.

Será que essas plantas do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, onde mais de um milhão de judeus foram assassinados, também são uma mentira?

Em junho passado, o presidente Obama visitou o campo de concentração e extermínio de Buchenwald.

Será que o presidente Obama prestou homenagem a uma mentira?

E os sobreviventes de Auschwitz, cujos braços ainda ostentam a marca dos números que foram tatuados sobre eles pelos
nazistas?

Essas tatuagens são uma mentira?


Um terço de todos os judeus que existiam então, pereceram na guerra.

Praticamente cada família judia foi atingida, incluindo a minha. Os avós da minha esposa, seu pai, duas irmãs e três irmãos, e todas as tias, tios e primos foram assassinados pelos nazistas.

Isso também é uma mentira?

Ontem, o homem que chamou o Holocausto de mentira falou nesta tribuna. Aos que se recusaram a vir e aos que saíram em protesto, eu os elogio. Vocês se ergueram pela clareza moral e vocês trouxeram honra para seus países.

Mas aos que deram ouvidos àquele que nega o Holocausto, digo em nome do meu povo, o povo judeu, e das pessoas decentes de toda parte:


Vocês não têm vergonha? Vocês não têm decência?"

Após apenas seis décadas do Holocausto, vocês dão legitimidade a um homem que nega o assassinato de seis milhões de judeus e que promete acabar com o Estado judeu.


Que vergonha!

Isto é uma zombaria da Carta Magna das Nações Unidas! Talvez alguns de vocês pensem que este homem e o seu regime odioso ameaçam apenas aos judeus. Vocês estão enganados.

A história tem nos mostrado, repetidamente, que aquilo que começa
[aparentando ser apenas] como ataques contra os judeus, eventualmente acaba envolvendo a muitos outros [povos e nações].

Este regime iraniano é abastecido por um fundamentalismo extremo que irrompeu no cenário mundial há três décadas, depois de estar adormecido por s
éculos.

Nos últimos trinta anos, este fanatismo varreu o mundo com uma violência assassina de sangue frio e imparcialidade na escolha das suas vítimas. Tem insensivelmente abatido muçulmanos e cristãos, judeus e hindus, e muitos outros.

Embora seja composta de ramos diferentes, os adeptos deste credo
imperdoável tentam fazer a humanidade voltar aos tempos medievais.

Sempre que podem, eles impõem uma sociedade regimentada de forma atrasada, onde mulheres, minorias, gays ou qualquer pessoa que não é considerada como um 'verdadeiro crente' são brutalmente subjugados.

A luta contra o fanatismo não confronta uma fé contra outra fé, nem uma civilização contra outra civilização. Confronta a civilização contra a barbárie, o século 21 contra o século 9, aqueles que santificam a vida contra aqueles que glorificam a morte.

O primitivismo do século 9 não deve ser páreo para o progresso do século 21. O fascínio da liberdade, o poder da tecnologia, o alcance das comunicações deve certamente ganhar o confronto.

Em última análise, o passado não pode triunfar sobre o futuro. E o futuro oferece a todas as nações magníficos e promissores bônus de esperança. O ritmo do progresso cresce de forma exponencial.

Levamos séculos para chegar da imprensa ao telefone, décadas para começar a chegar do telefone ao computador pessoal, e apenas alguns anos para chegar do computador pessoal à Internet.

O que parecia impossível há alguns anos atrás já está ultrapassado, e mal podemos imaginar as mudanças que estão por vir. Vamos decifrar o código genético. Vamos curar o incurável. Vamos prolongar nossas vidas. Nós vamos encontrar uma alternativa barata para os combustíveis fósseis e limpar o planeta [da poluição].

Estou orgulhoso de meu país, Israel, estar na vanguarda destes avanços - liderando nas inovações na ciência e na tecnologia, na medicina e na biologia, na agricultura e na água, na energia e no meio ambiente. Essas inovações no mundo todo oferecem à humanidade um futuro ensolarado inimaginavelmente p
romissor.


Mas, se o fanatismo mais primitivo puder adquirir as armas mais
mortíferas, a marcha da história poderá ser revertida, por algum tempo. E, como a vitória tardia sobre os nazistas, as forças do progresso e da liberdade prevalecerão somente após um ônus terrível de sangue e do destino que será extraído da humanidade.

É por isso que a maior ameaça que o mundo enfrenta hoje é o casamento entre o fanatismo religioso e as armas de destruição em massa.

O desafio mais urgente para este órgão é impedir que os tiranos de Teerã obtenham armas nucleares.

Será que os Estados-Membros das Nações Unidas estão a altura deste desafio?

Será que a comunidade internacional irá enfrentar um despotismo que aterroriza o seu próprio povo quando ele bravamente luta pela liberdade?

Será que vai tomar medidas contra os ditadores que roubaram uma eleição, em plena luz do dia, e mataram a tiros os manifestantes iranianos que morreram nas ruas asfixiados no seu próprio sangue?

Será que a comunidade internacional desbaratará os mais perniciosos patrocinadores e praticantes de terrorismo do mundo?

Acima de tudo, será que a comunidade internacional vai fazer com que o regime terrorista do Irã pare de desenvolver armas atômicas, pondo em perigo a paz do mundo inteiro?

O povo do Irã está enfrentando corajosamente este regime. Pessoas de boa vontade ao redor do mundo estão com eles, tal como os milhares que têm protestado fora desta sala. Será que as Nações Unidas vão ficar ao seu lado
?

Leia mais aqui.

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