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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Cassel contesta levantamentos que mostrariam repasse à organização.


Ministro do Desenvolvimento Agrário critica 'criminalização' do MST

Ele criticou a iniciativa de setores do Congresso de reali
zar uma CPI.


Eduardo Bresciani
Do G1
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, criticou nesta terça-feira (13) o que chamou de “criminalização” do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Cassel garantiu que o governo não financia o movimento e pediu que se pare de fazer levantamentos de recursos que iriam para a organização. Ele participa de uma audiência na Comissão de Agricultura do Senado.

Cassel já havia contestado um levantamento apresentado pelo líder

do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), que apontava repasses de R$ 115 milhões entre 2004 e 2008 a entidades que seriam ligados ao MST.

Durante a sessão, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) apresentou novos números, com base no Sistema Integrado de Acompanhamento Financiero (Siafi), que seriam repasses a entidades suspeitas.

O ministro irritou-se com o fato de o levantamento da senadora trazer entre as entidades “suspeitas” a Caritas, ligada à greja Catól
ica.

“Isso chega a ser ridículo”.

Cassel pediu que se pare de levantar este tipo de acusação.

“A gente tem que superar o espírito de criminalização dos movimentos sociais, em especial o MST. Não sou contra investigar a aplicação de recursos públicos, mas não pode ser desta forma. (...)

Temos que superar o instinto persecutório contra o MST. Recurso publico é sagrado e não pode pairar dúvida, mas sou radicalmente contra o ambiente de criminalização dos movimentos sociais, que temos que superar pelo bem do país”, disse o ministro.




Por Augusto Nunes

“Esse tema sempre aparece atravessado.
O Incra e o ministério não repassaram 115 milhões de reais ao MST.
Os dados estão aqui disponíveis”.



Guilherme Cassel, confirmando que o dinheiro que sustenta o MST é repassado a entidades de fachada, que em seguida o repassam aos chefes do bando da lona preta.

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