Desgaste poupado
Economia em alta e risco de subida de juros básicos permitem que governo Lula empurre reforma da caderneta para sucessor
MUITO BARULHO por nada.
O saldo de cinco meses de ensaios do governo federal para alterar a remuneração da caderneta de poupança foi nulo.
O presidente Lula, como esta Folha informou no sábado, desistiu de propor ao Congresso qualquer modificação nas regras da tradicional aplicação.
Nem mesmo a segunda versão da proposta anunciada pelo Executivo, de taxar em 22,5% do Imposto de Renda o que ultrapassasse R$ 50 mil nas cadernetas, convenceu o Planalto.
Prevaleceu a tolerância zero do governo perante qualquer iniciativa que possa lhe trazer desgaste político no ano eleitoral de 2010.
Está em curso uma revisão frenética de todos os parâmetros e expectativas da economia -outro dia orientados para uma recessão; agora para a expansão acelerada.
A exceção são os gastos públicos, que continuam em escalada, como se a economia já não dispensasse estímulos oficiais para crescer.
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