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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Catástrofe à vista...


Em jantar com PR, Dilma recebe ‘apoio’ de Garotinho

José Cruz/ABr
Entre Mabel e Nascimento, Dilma vai ao jantar
em que Garotinho se derramou por ela


Anthony Garotinho, o irrequieto ex-governador do Rio, achegou-se à candidatura presidencial de Dilma Rousseff.

Deu-se na noite de terça (13), em Brasília, durante um jantar da candidata de Lula com a nata do PR.

Sim, Garotinho –ex-pedetê e ex-peemedebê— é agora um pêérre. Trocou de legenda para concorrer ao governo do Rio.

E oferece o seu palanque à presidenciável de Lula. Durante o repasto brasiliense, Garotinho disse que seu apoio a Dilma é incondicional.


Ou seja, para se consolidar como candidata de porteira fechada, Dilma vê-se na contingência de admitir do lado de dentro da cerca até o inadmissível.

O alvorecer da trajetória política de Garotinho traz as digitais de dois grão-petistas: Lula e de José Dirceu.

Em 1998, a dupla interveio no PT do Rio, esmagou a candidatura de Vladimir Palmeira ao governo do Estado e jogou o petismo no colo de Garotinho.

Eleito, Garotinho pôs-se a espicaçar o PT. Na sua frase mais divertida, chamou a legenda de Lula de “partido da boquinha”.

No início de 2006, quando o noticiário ainda se ocupava das cinzas do mensalão, Garotinho definia suas relações com o petismo em linguajar viperino:


“Com o PT, com quem no passado mantive estreitos laços ideológicos, o relacionamento, desde que Lula chegou ao poder, foi marcado por sucessivas traições...”

“...[José] Dirceu ameaçou escrever um livro. Desistiu. Quando contar o que aconteceu no governo do PT, farei um livro melhor”.

No final de 2006, Garotinho posou para as lentes dos fotógrafos ao lado do tucano Geraldo Alckmin, que Lula bateria nas urnas.

Pois bem. Na vizinhança de 2010, Garotinho está filiado ao PR, uma das legendas que mais chafurdaram nas arcas não contabilizadas da dupla Delúbio-Valério.

E se insinua para Dilma, a candidata do governo que o marcou pelas “sucessivas traições”.




No jantar de terça, Garotinho serviu-se da própria fluidez política para justificar a súbita afinidade com Dilma.

Recordou que, a exemplo da ministra, militara no PDT de Leonel Brizola. E quanto às desavenças com o PT? Coisas do passado, ele disse.

Afora Garotinho, o pêérre que mais demonstrou entusiasmado com o projeto Dilma-2010 durante o jantar com o ministro Alfredo Nascimento.

Titular da pasta dos Transportes, cujo orçamento é tonificado pelas verbas do PAC, Nascimento dá de barato que o PT fechará com Dilma.


O ex-deputado Valdemar da Costa Neto, um mensaleiro que renunciou à Câmara para evitar que seu mandato fosse passado na lâmina, não parecia tão convicto.

Secretário-geral do
PR, Valdemar lembrou que, em vários Estados, os interesses da legenda colidem com os planos do PT.

De concreto, Dilma levou do jantar o apoio decidido de Garotinho e a pespectiva de aliança com o PR. Só falta definir o preço.


Imagens: Silsaboia

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