Primores de ternura - 1
Por Olavo de Carvalho
Leio no site da Previdência Social: O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto."
Ou seja: no Brasil você pode matar, roubar, sequestrar ou estuprar, seguro de que, se for preso, sua família não passará necessidade.
O governo garante.
Se, porém, como membro efetivo da maioria otária, você não faz mal a ninguém e em vez disso prefere acabar levando dois tiros na cuca, quatro no estômago ou três no peito, ou então uma facada no fígado, esticando as canelas in loco ou no hospital, aí o governo não garante mais nada: sua viúva e seus filhos podem chorar à vontade na porta do Palácio do Planalto, que o coração fraterno da República solidária não lhes concederá nem uma gota da ternura estatal que derrama generosamente sobre os bandidos.
É, as coisas são assim. Se elas o escandalizam, é porque você está muito desatualizado. Afagar delinqüentes, estimular o banditismo, é uma das mais antigas e veneráveis tradições do movimento revolucionário, que o nosso partido governante personifica orgulhosamente.
Veja o que pensavam alguns dos mentores revolucionários mais célebres:
Mikhail Bakunin, líder anarquista:
"Para a nossa revolução, será preciso atiçar no povo as paixões mais vis."
Serge Netchaiev, terrorista que Lênin adotou como um de seus gurus:
"A causa pela qual lutamos é a completa, universal destruição. Temos de nos unir ao mundo selvagem, criminoso."
Willi Münzenberg, o gênio organizador da propaganda comunista na Europa Ocidental e nos EUA:
"Vamos corromper o Ocidente em tal medida, que ele acabará fedendo."
Louis Aragon, poeta oficial do Partido Comunista Francês:
"Despertaremos por toda parte os germes da confusão e do malestar. Que os traficantes de drogas se atirem sobre as nossas nações aterrorizadas!"
V. I. Lênin:
"O melhor revolucionário é um jovem desprovido de toda moral."
Diário do Comércio
continua no post abaixo
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