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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A CPI do MST é aposta no conflito, diz líder governista


O líder do governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS), afirmou nesta quinta-feira que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST deve render um novo embate com a oposição e o País não irá ganhar nada com o que ela produzir.
“Foi muito ruim para o País.

[A CPI] é aposta no conflito.

Precisamos de paz no campo.

Solução para esse problema não é guerra ou CPI política é mais investimento e dinheiro para agricultura familiar e não conflito”, aponta.


A estratégia da oposição teve êxito em deixar pouco tempo (menos de 24 horas) entre a leitura do pedido da CPI na sessão conjunta do Congresso até a meia-noite do mesmo dia quando os dissidentes poderiam tirar suas assinaturas da proposta.

“O fato voltou a acontecer. Foram 23 deputados pressionados pelo governo que retiraram as assinaturas, mas nós tínhamos 51 novas para apresentar”, explicou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Os números oficiais de senadores e deputados só serão confirmados pela Secretaria Geral do Senado no início da tarde desta quinta-feira, “mas a instalação da CPI já é certa. Temos 210 deputados mais 36 senadores.”, afirma Lorenzoni.

“A oposição está cumprindo com seu papel constitucional e democrático, fiscalizar os atos de governo.

A partir daí, temos governo que nos últimos anos transferiu mais de R$ 160 milhões para 40 entidades ligadas ao MST que financia, com dinheiro público, ações que ninguém pode chamar de movimento social.
Movimento social destrói sede da Embrapa, unidade de pesquisa da Aracruz, promove cárcere privado, destrói laranjal da Cutrale?

Isso na cabeça dos membros do governo é movimento social?”,
questiona o deputado do DEM.

A partir de agora, a discussão está na composição da comissão, que terá 34 membros (17 titulares e 17 suplentes).

A expectativa é que a base aliada do governo ocupe os cargos de direção e relatoria.

“Vamos ter que estudar todo o cenário. Evidente que prerrogativas regimentais das bancadas e dos partidos deverão ser seguidos. São as bancadas que a população elegeu, mas será trabalho de engenharia complexa, demorada e de baixíssima produtividade. O que o país vai ganhar com a CPI? Mais briga”, acredita Fontana. O deputado petista avalia que a CPI também será utilizada como palanque eleitoral pela oposição.

“A oposição não quer deixar de botar dinheiro na saúde para financiar movimento que pratica atos criminosos. Quando um bando de facínoras se traveste de movimento social e passa a agredir princípios fundamentais do direito democrático, passa a ferir o direito da população. É papel da oposição fiscalizar o governo. Tem CPI que funciona, essa vai funcionar também”, aposta Lorenzon
i.

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