Agência Brasil
É a segunda vez que a oposição tenta criar a CPMI. Da primeira, houve retirada de assinaturas, o que não permitiu a leitura do requerimento. Agora, o Democratas – partido que recolheu as assinaturas – corre contra o tempo. Os parlamentares têm até a meia-noite de hoje (21) para retirar os nomes. Ao todo, foram colhidas 185 assinaturas de deputados – 14 a mais que o mínimo necessário – e de 35 senadores, oito além do mínimo. A maioria das assinaturas é de parlamentares da oposição.
Parlamentares da oposição querem divulgar nomes de quem retirar assinaturas para a criação da CPI do MST DEM protocola requerimento para criação de comissão de inquérito do Movimento Sem Terra Governo lava as mãos em CPI do MST
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), procurou manter-se neutro sobre o assunto, mas disse que a derrubada de laranjais no interior de São Paulo por integrantes do MST reforçou os discursos pró-CPI. “Me pareceu um excesso e causou repercussões”, disse.
O deputado Ivan Valente (P-SOL – SP) criticou a criação da CPMI. Para ele, será apenas uma tentativa de criminalizar o MST. “Vai criminalizar o MST e favorecer o agronegócio”, disse em plenário.
Mas, a bancada ruralista comemorou. O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), disse que os discursos pró-CPMI defendem o “indefensável”. “O MST é apenas um movimento para destruir propriedades produtivas”, disse.
21/10/2009 12:18
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