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sábado, 12 de abril de 2008

O enriquecimento do sindicalista Ataide Francisco de Morais é símbolo de um sistema que vive do imposto sindical, mas não presta contas

O negócio dele é criar sindicatos

Os moradores mais antigos da rua Sebastião da Rocha Pita, na periferia de Osasco, na Grande São Paulo, têm poucas lembranças do casal que no fim dos anos 80 ocupava o pequeno sobrado de acabamento precário no número 14.

"Seu Ataide era, assim, meio fechadão", diz um senhor que não tem idéia do paradeiro do casal. "Ele não tinha nem carro", afirma outro.

Naquela época, Ataide trabalhava numa empresa que oferece serviço de alimentação para indústrias, chamada Abela. Uma senhora com lembranças tão imprecisas quanto os demais faz uma revelação definitiva sobre o destino do casal:

"Lembro que a mulher dele, a Cida, costurava nos fundos para ajudar. Ela mudou daqui e depois fiquei sabendo que morreu. É isso. Ela morreu."

Ao contrário do que pensam seus antigos vizinhos, Ataide Francisco de Morais e Maria Aparecida dos Santos Morais estão vivos e bem de saúde. Quem não existe mais são seu Ataide e a dona Cida remediados de duas décadas atrás.

Aquele operário "fechadão", que mantinha uma oficina de costura para sobreviver, é hoje possivelmente o mais rico "líder trabalhador" do país.

Discreto, avesso a fotos e desconhecido na categoria que diz representar (os trabalhadores das empresas de fast-food e refeições industriais), esse paranaense de 58 anos prosperou na última década criando sindicatos e empregando parentes em entidades do gênero.

Virou dirigente da Força Sindical e hoje exibe um padrão de vida impressionante para quem fez carreira como sindicalista operário.
Ele, sua mulher e seu filho, também sindicalista, juntaram um patrimônio que inclui:

• O hotel da foto acima, com 18 suítes, todas de frente para a praia, em Aquiraz, município ao lado de Fortaleza, Ceará. A Pousada Solarium Beira Mar fica num terreno de 1.852 metros quadrados e foi avaliada em R$ 1,5 milhão por um empresário do setor hoteleiro da região.

• Uma casa recém-construída num terreno de 465 metros quadrados num dos mais caros condomínios fechados de Osasco, o Residencial Adalgisa, no Parque dos Príncipes. A casa está entre as maiores do local e, segundo avaliação informal de um corretor, valeria cerca de R$ 1 milhão.

• Uma chácara em Juquitiba, a 70 quilômetros da capital paulista.

• Uma casa de praia em construção num terreno de 750 metros quadrados em Peruíbe, litoral de São Paulo.

• Uma empresa de material de construção que até poucos meses atrás tinha dois endereços perto de Fortaleza.

• Uma franquia recém-vendida da lanchonete Dom Sabor no centro de São Paulo.
Leia aqui.

por Ricardo Mendonça, com Beto Almeida, de Fortaleza

Revista Époc@

Burgueses do capital alheio...!
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2 comentários:

PLC+Coaching Int. disse...

Bom respeito a situacao do Ataide, amigo de 35 años, posso lhe deser que ele com todo direito e dono do que tem...

quando ele e sua familia estava na merda eu ayude com a sua alimentacao e psicologicamente a suas fihas que hoye acham que sao dona domundo.

tomara leiam o que estou falando

Anônimo disse...

cara, pena que eu só tomei conhecimento desta reportagem agora, pois faz anos que tentei mostrar a outros sindicalistas quem era esse senhor, mas o dinheiro falou mais alto para eles, porque o cara compra todo mundo e quem se rebela contra ele, ele manda os capangas atras, foi o meu caso, tive que deixar pra lá as falcatruas pois não tive apoio e hoje durmo em paz, gostaria muito de saber quem levou adiante o que comecei.