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sexta-feira, 11 de abril de 2008

As águas do BRASIL e a corte da HOLANDA...

Na secura do nordeste,
virado mar de sofrimento
sempre renovado,
não é tempo de colheita.
Árido cotidiano, e misérrimo,
passa em lama seu filme trágico.
Rolam vidas,
rolam casas,
patéticas panelas, em águas.
Rolam meninos esquálidos,
rolam sonhos submersos.
Só não rolam os palanques
há muito idos
para brotar
em outras paragens,
de tulipas e canais
que as águas impedem.
Casacas, comidas, luzes,
marisas letícias,
outros mares
em telas de museus
e o gáudio dos felizes
um deles, nordestino
como os afogados,
qual vazio rei e seu trono oco
sobre as águas nem paira
de tão desigual e apartado
de quem acredita
ser por ele representado.
O pai que os afogados querem seu
cega-se das dores
dos filhos que sempre esqueceu.

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