A inutilidade da ONU era coisa conhecida por quantos acompanham com atenção a política internacional.
Acaba ela, entretanto, de se tornar notória até aos menos enfronhados no assunto, pois o papel meramente decorativo – e oficialmente declarado tal – do sr. Kurt Waldheim, secretário-geral das Nações Unidas, na conferência de Genebra, eqüivale à proclamação, aos olhos de todos, da inutilidade do aparatoso organismo supranacional.
Com efeito, a ONU existe para manter a paz. Declarado o conflito arabe-israelense, ninguém lhe solicitou os bons ofícios para por em entendimento as partes desavindas. E é fora dos quadros dela que as negociações de Genebra se desenvolvem.
– Para que, então, a ONU?
Ser ineficiente para a consecução de seu fim específico já é de si coisa muito triste para qualquer organização.
Mas a ineficácia não é o pior, para uma organização. Mais triste ainda é que ela se volte contra seu próprio fim. É o que acontece com a atuação da ONU no continente africano. Afirmo-o a propósito de recente resolução, na qual ela declara já não aceitar o governo de Lisboa como representante das províncias lusas de Ultramar, isto é, Angola, Moçambique e Guiné.
A ONU pratica, assim um ato de violência jurídica, pelo qual pretende conferir a independência àquelas três autênticas parcelas do território português.
Ou seja, ela faz sua a causa dos guerrilheiros comunistóides que "proclamaram" recentemente a independência da Guiné portuguesa, e sopra a revolta nos sertões de Angola e Moçambique, onde bandos de comunistas procuram levantar as populações nativas contra os brancos.
Assim, a ONU atiça a sedição, em benefício da Rússia.
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COMENTÁRIO
Quem comanda tudo é o Império Britânico que, inicialmente, desenvolveu a antropologia para conhecer cientificamente os povos que pretende subjugar.
Ao depois, mudou o foco para a condição colonial e pela libertação.
Aí, editaram a diretriz nº.4, que estabeleceu no sub-item:
C) Enfatizar o lado humano, sensível das comunicações permitindo que o objetivo básico permaneça embutido no bojo da comunicação, evitando discussões em torno do tema.
No caso dos países abrangidos por estas diretrizes, é preciso levar em consideração a pouca cultura de seus povos, a pouca perspicácia de seus políticos ávidos por votos que a igreja prometerá em abundância.
Por Iracema Pedrosa
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