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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O escárnio, por sua vez, sempre foi uma arma contra os poderosos. É uma forma de desmontar hierarquias e privilégios.


Na semana passada, o humorístico CQC exibiu uma pegadinha com o político José Genoíno.

Em entrevista ao ator Warley Santana, que faz as vezes de um assessor de imagem fajuto no programa da Bandeirantes, o deputado petista envolvido no caso do mensalão expôs seu "lado humano".

Convencido de que participava de um talk-show, ele ouviu dicas do que dizer diante da câmera – e, na entrevista, repetiu tudo o que o tal assessor lhe soprava, sem saber que esse bastidor também era gravado.

Warley pediu que ele usasse uma frase de John Lennon.

Genoíno obedeceu.

Propôs que citasse o líder comunista russo Leon Trotsky ao comentar os desmandos do PT.

Genoíno engoliu a isca mais uma vez – e a frase "errar é humano, perdoar é divino" nem era de Trotsky.

Por fim, combinou-se que, ao responder qual era seu prato favorito, o entrevistado enalteceria a moqueca capixaba.

Genoíno, claro, virou fã da moqueca capixaba desde criancinha.

A brincadeira entregou o petista de um jeito que CPI alguma conseguiu.

E assim se cumpriu o que se espera da relação dos humoristas com as figuras públicas: o papel dos primeiros é o de ser implacáveis.

E o do petista é o de ser patético!


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