O diretor de Contrainteligência da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Maurício Fortunato, desmentiu nesta quarta-feira (10), em depoimento à CPI dos Grampos, que os equipamentos de varredura ambiental comprados pela agência têm capacidade de fazer grampos telefônicas.
“Ele (o aparelho) se destina a fazer varredura ambiental, não faz escutas. Estamos ansiosos aguardando o laudo da PF [sobre as maletas]”, garantiu.
“A máquina tem que captar no ambiente externo, inicialmente, quais os sinais de rádio frequência que estão em volta daquele ambiente.
A partir daí, levam essa máquina para dentro do ambiente e fazem nova captação de frequência daquele ambiente.
Se houver frequência diferente do que foi captado, é uma sinalização [de escutas].
A máquina vai perceber o sinal, mas não decodifica”, explicou o diretor.
Fortunato e toda a cúpula da Abin foram afastados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva do comando da agência depois que o ministro da Defesa Nelson Jobim, revelou que a agência teria comprado equipamentos capazes de fazer grampos telefônicos.
A Abin é proibida por lei de fazer tal procedimento.
Para Fortunato, Jobim deve ter sido “mal assessorado” para afirmar que as maletas faziam grampos telefônicos. O aparelho, garante o diretor, é apenas um “captador de radio frequência com várias antenas que capta sinais de radio frequência”.
Fortunato negou aos deputados da comissão que a Abin tenha investigado o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal.
“O senador Heráclito não estava sendo acompanhado por nenhum servidor da Abin. Eu falei lá e afirmo: a Abin não estava acompanhando o senador. Se aconteceu alguma coisa, não eram com servidores da Abin”, disse.
Heráclito mantém relações com o sócio fundador do Opportunity, Daniel Dantas, preso pela Operação Satiagraha, e denunciou no plenário do Senado, estar sendo perseguido sem motivo.
por Carol Pires
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À frente do processo de fritura de Protógenes Queiroz, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, tem lembrado que o delegado torrou mais de R$ 300 mil na Operação Satiagraha.
O "normal" seriam R$ 50 mil.
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