Por Izidro Simões
Vou contar um acontecimento de magna importância, especialmente para Roraima, e do qual sou testemunha ocular da História. Corria o ano de 1993 – portanto, já fazem 15 anos. Era governo de Itamar Franco e as pressões de alguns setores nacionais e vários internacionais, para a homologação da Raposa/Serra do Sol, eram fortes e estavam no auge.
Tinha-se como certíssimo de que Itamar assinaria a homologação.
Nessa época, eu era piloto da empresa BOLSA DE DIAMANTES, que quinzenalmente enviava compradores de pedras preciosas para Uiramutã, Água Fria, Mutum e vizinhanças.
No dia 8 de setembro de 1993, aí pelas 17:00, chegamos em Uiramutã, e encontramos a população numa agitação incomum, literalmente aterrorizada.
Dizia-se por toda parte, que Uiramutã ia ser invadida, que havia muitos soldados "americanos", já vindo em direção à localidade.
.................................................
Fiz diversas idas e vindas e, numa delas vi o transporte de tropas decolando e virando para a esquerda.
Exclamei para o capitão: eles vem pra cima de nós!
Como é que você sabe?
Perguntou.
Viraram para a esquerda, que é o lado do Brasil e, não da Guiana, respondi.
Girei imediatamente a proa para Uiramutã e, ao nivelar o avião, o capitão me disse muito sério: estamos na linha de tiro deles!
Foi então que olhando para a direita, vi à curta distância e, na porta lateral do transporte, um soldado branco, com um fuzil na mão.
Exclamei para o capitão: eles vem pra cima de nós!
Como é que você sabe?
Perguntou.
Viraram para a esquerda, que é o lado do Brasil e, não da Guiana, respondi.
Girei imediatamente a proa para Uiramutã e, ao nivelar o avião, o capitão me disse muito sério: estamos na linha de tiro deles!
Foi então que olhando para a direita, vi à curta distância e, na porta lateral do transporte, um soldado branco, com um fuzil na mão.
.................................................
Disse o major, que a embaixada brasileira em Georgetown tinha informado ao Itamarati, que dois vasos de guerra, um inglês e outro, americano, haviam fundeado longe do porto, e que grandes helicópteros de transporte de tropas, estavam voando continuamente para o continente, sem que tivesse sido possível determinar o local para onde iam e o motivo.
Trechos do relato do piloto Izidro Simões sobre a invasão de Roraima, em detalhes.
Trechos do relato do piloto Izidro Simões sobre a invasão de Roraima, em detalhes.
Leia aqui o artigo completo.
0 comentários:
Postar um comentário