Exclusivo - No submundo empresarial brasileiro, sempre repleto de intrigas e contra-informações, circulava ontem o “informe” de que o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, teve de desembolsar US$ 20 milhões em propinas para viabilizar a compra da Varig. O maior desembolso teria sido de US$ 8 milhões.
Houve um segundo de US$ 5 milhões. E Outros dois de US$ 3 milhões cada, além de US$ 1 milhão em “extraordinários”. Tal informe é muito difícil de ser comprovado documentalmente. Afinal, a corrupção político-empresarial não passa recibos tão evidentes.
No entanto, as recentes afirmações da ex-dirigente da Agência Nacional de Aviação Civil, Denise Abreu, e do empresário Marco Antônio Audi comprovam que o desgoverno Lula permitiu que corresse solto o tráfico de influência para sacramentar a “solução” para o caso Varig mais interessante para os espertalhões.
Nas inconfidências que agora vêm à tona em mais um “fogo amigo” contra o desgoverno Lula, fica praticamente comprovado o envolvimento direto nas operações de lobby do compadre do Presidente da República, advogado Roberto Teixeira, e da Casa Civil da Presidência (envolvendo a super-ministra Dilma Rousseff e sua poderosa secretária-executiva Erenice Guerra).
O novo escândalo já tem tudo para produzir mais uma CPI (que tem tudo para dar em nada, como sempre), no Senado. O DEM e o PSDB vão convocar um depoimento da ex-diretora da Anac, Denise Abreu.
O desgoverno, por sua vez, fará de tudo para esfriar as denúncias de que Dilma Rousseff ou pessoas a ela ligadas diretamente promoveram qualquer interferência para favorecer o fundo de investimentos norte-americano Matlin Petterson e seus sócios brasileiros na compra da VarigLog – que depois acabou entregando a Varig de mãos beijadas para a Gol, controlada pela família Constantino, aliada do palácio do Planalto.
A suposta oposição ao desgoverno Lula, mais uma vez, joga na dissimulação. Ao escolher Dilma como alvo, na realidade, desvia-se o tiro certo que pode ferir gravemente o Presidente da República.
O alvo certo – mas sempre evitado pelos “oposicionistas” de rabo preso - é Roberto Teixeira.
O empresário Marco Antônio Audi, que contratou o compadre de Lula como advogado pela bagatela de US$ 5 milhões, revelou que Teixeira o apresentou a várias pessoas:
“Ao presidente da República, à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), ao ministro Waldir Pires (Defesa), ao Luiz Marinho (Trabalho). Ele me dizia que era importante conhecer fulano de tal agora. Eu pegava o avião e ia lá. Conversava, falava das nossas intenções. Eram encontros 100% formais”.
Além do tráfico de influência, Audi confirmou que Roberto Teixeira tinha muita intimidade com os ministros do compadre Lula:
“Muita. Não é pouco. Chegava nos ministérios e era reconhecido na recepção. Mandavam subir”.
Audi comprovou que Roberto Teixeira tem mesmo influência na máquina governamental:
“Não sei o que o Roberto Teixeira negociou. Eu só sei que investi nele, ele tinha de trazer resultados e trouxe. Sua influência foi 100% decisiva”.
As denúncias de tráfico de influência também atingem a filha de Roberto, Valeska Teixeira, e Cristiano Martins (marido e sócio dela).
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