O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira pela abertura de processo disciplinar para investigar o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP). A investigação pode levar à cassação de seu mandato.
O presidente do Conselho, Sergio Moraes (PTB-RS), disse que o prazo para a renúncia terminou no início da sessão. Paulinho é acusado de envolvimento no esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), revelado pela Polícia Federal na Operação Santa Tereza.
As duas representações contra o deputado -- uma do corregedor-geral da Câmara, deputado Inocêncio de Oliveira (PR-PE), e outra do PSOL -- foram agrupadas. A partir de agora, Paulinho tem o prazo de cinco sessões para apresentar sua defesa e o relator, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), dispõe de 90 dias para apresentar o parecer, prorrogáveis por mais 90. "Espero concluir o relatório no menor prazo possível e já na próxima semana ouvir o acusado", disse Piau.
Alvo de processo de cassação no Conselho de Ética, Paulinho é aconselhado por Lupi a deixar direção do PDT
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, recomendou nesta terça-feira, 3, que o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, avalie a possibilidade de um afastamento temporário da presidência do diretório estadual do PDT em São Paulo para se defender no processo de cassação aberto contra ele no Conselho de Ética.
Ele é acusado de envolvimento em fraudes nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Paulinho já estaria decidido a se licenciar da presidência estadual do partido, segundo revelou o Estado na edição do último domingo, mas nega que a saída da direção tenha relação com as denúncias.
Processo 'é ótimo' para eu me defender, diz Paulinho
Conselho de Ética abriu processo disciplinar contra deputado, acusado de participar de esquema no BNDES
"É tudo o que a gente queria. Ter a oportunidade de me defender", declarou.
Ele reafirmou que a denúncia de suposto envolvimento seu em um esquema de desvio de dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é "uma armação política".
Em entrevista à rádio Eldorado, Paulinho disse que a renúncia ao mandato "nem passou pela minha cabeça, porque isso significaria aceitar possibilidade de estar envolvido no suposto esquema".
" Eu não devo, não temo.
É uma grande armação porque tenho defendido os trabalhadores no Congresso, e é por isso que eu sou perseguido. Eu tenho nomes mas não tenho provas, para falar dessa turma que está fazendo essa armação", disse.
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