Em entrevista ao Jornal da Globo por telefone, Marco Antônio Audi, um dos brasileiros que compraram a Varig, confirmou as informações dadas ao jornal O "Estado de São Paulo" de que a interferência de Roberto Teixeira foi 100% decisiva para a conclusão do negócio. E disse mais:
" Conheço duas pessoas que fazem chover: Deus e Roberto Teixeira "
Marco Antonio Audi: Olha, eu conheço duas pessoas que fazem chover: Deus e Roberto Teixeira. Então é para ter receio mesmo.
JG: Ele é uma pessoa que abre portas?
Marco Antonio Audi: Escancara a porta.
JG: Ele é uma pessoa que tem muito poder, o senhor diria isso hoje?
Marco Antonio Audi: Muito poder. Ele tem poder até demais.
Marco Antônio Audi disse também que tem documentos que comprovariam que o advogado Roberto Teixeria recebeu cerca de US$ 5 milhões pelos serviços prestados aos compradores da Varig. Valor que Roberto Teixeira nega ter recebido. Teixeira não quis comentar a relação de amizade com o presidente Lula e assegura que fez um trabalho jurídico. E que não usou a influência política.
- A nossa atuação não foi de bastidores foi judicial. Estou fazendo um desafio aos senhores, venham ver o trabalho que tivemos esse tempo todo - afirma Roberto Teixeira.
Em entrevista coletiva sobre o andamento das obras do PAC, a ministra Dilma Roussef negou ter feito pressão.
- São informações falsas. Até estranho as declarações por conta da relação qualificada e de consideração que havia entre a Casa Civil e a doutora Denise, até porque no passado ela tinha sido funcionária da Casa Civil. Não na minha gestão, mas nós tínhamos uma consideração razoável pela doutora Denise - disse Dilma Roussef.
No Congresso, parlamentares de oposição vão pedir explicações da ministra Dilma Roussef.
- Ela precisa agora falar para a nação para manter intacta e pura e imaculada sua reputação - opina o senador Arthur Virgílio - AM, líder do PSDB.
- As explicações foram dadas, o governo não interferiu no processo e, portanto o fato já está esclarecido - alega o senador Romero Jucá - RR, líder do governo.
O fundo Matlin Patterson, que participou da compra da Varig, negou as acusações e declarou que em momento nenhum houve qualquer tipo de favorecimento ilegítimo
Em nota, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes afirma que adquiriu a Varig em conformidade com as leis vigentes. E que não possui ligação com os antigos proprietários da companhia.
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