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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Brasil tem instituto de pesquisa chavista



Brasil tem instituto
de pesquisa chavista


A manipulação da opinião pública através de pesquisas fraudulentas.

Por Baldomero Vasquez Soto
MSM


Desde a campanha presidencial brasileira de 2006 conhecíamos o
"trabalho" da pesquisadora SENSUS e nos parecia inverossímil que no Brasil se estivesse repetindo impunemente o mesmo roteiro manipulador venezuelano.
Recentemente, na Bolívia e no Brasil, apareceram duas sondagens que dão conta de um componente importante do socialismo do século XXI: a manipulação da opinião pública através de pesquisas fraudulentas.

Contribuição original venezuelana que se converteu em um artigo de exportação com o selo "FEITO NO SOCIALISMO", o slogan publicitário do governo.

A primeira, da transnacional francesa IPSOS, assinala que o Presidente Morales conta com uma aprovação de 55% [1].

Em nosso trabalho "Chávez, Evo, IPSOS e Mockus", trazemos à colação o questionamento que fizéramos a esta empresa por seu trabalho doloso na Venezuela em 2006.

Nesse mesmo trabalho também assinalamos que a manipulação confeccionada por tal pesquisadora e o presidente Evo contra a opinião pública boliviana em 2010, se traduziria no que a transnacional galega teria se garantido uma "uma longa - e rentável - vida com Morales" [2].

A prova está à vista.

Aproveitamos a oportunidade para denunciar a manipulação de IPSOS na eleição presidencial chilena, já que passou por baixo da mesa naquele momento:

IPSOS predisse que Piñera obteria 36% no primeiro turno [3] e, como sabemos, obteve 44%.

Quer dizer, a sondagem era obviamente falsa porque incorreu-se em um erro de predição de 380%!

Algo estatisticamente insustentável, uma vez que sempre espera-se que o erro de predição seja igual a zero.

A segunda sondagem é da pesquisadora SENSUS.

Na quinta-feira 05 de agosto, "casualmente" o dia do primeiro debate entre Dilma Rousseff e José Serra, esta firma difundiu uma pesquisa na qual a candidata do mediador das FARC, Lula da Silva, avantajava em 10% ao candidato opositor [4].

Esta pesquisa não só não nos surpreende, senão que estávamos à sua espera por duas razões.

A razão de maior peso está no campo estatístico.

Desde a campanha presidencial brasileira de 2006 conhecíamos o "trabalho" da pesquisadora SENSUS e nos parecia inverossímil que no Brasil se estivesse repetindo impunemente o mesmo roteiro manipulador venezuelano.

Naquela oportunidade SENSUS predisse, a dois dias da eleição, o seguinte:

"A eleição está definida: o mais provável é que Lula ganhe no primeiro turno; segundo meus últimos dados, tem 59 por cento dos votos válidos contra 32 por cento do opositor Geraldo Alckimin"
, segundo declarou seu porta-voz Ricardo Guedes [5].

O resultado foi que teve-se que realizar o segundo turno porque Lula obteve 48,6% frente a 41,6% de Alckimin.


Ou seja, que o erro de predição de SENSUS foi astronômico: 473%!

Isto, repito, é inaceitável estatisticamente e só tem uma explicação: que a pesquisa é falsa!

A outra razão está no terreno político.

O cliente das sondagens de SENSUS é a Confederação Nacional dos Transporte (CNT) brasileira, de simpatia lulista.

Curiosamente, na visita realizada em abril de 2003 pelo presidente Chávez a Lula, informou-se em Recife sobre a imediata assinatura de um acordo comercial com tal Confederação:

"A compra de 4 mil ônibus e a provação de um projeto avaliado inicialmente em 500 milhões de dólares, porém que alcançará os 2 bilhões de dólares nos próximos 10 anos, estão contemplados em um projeto que Hugo Chávez assinará em breve com a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) do Brasil"
[6].

Ao que tudo indica, dentro do mencionado acordo incluiu-se uma cláusula para que a CNT contratasse uma pesquisadora que tivesse como tarefa difundir periodicamente pesquisas falsas, entre outras, as que dão a Lula uma popularidade superior a 80%.

Artigos - Eleições 2010

15 Agosto 2010

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