Lula e o complexo de Napoleão
Por pitacos
Em seu exagero, o presidente posou de vítima da conspiração das elites, que queriam derrubá-los no episódio do “mensalão”, assim como conspiraram contra o “querido companheiro Severino Cavalcanti,” porque, como presidente da Câmara se recusou a fazer “o jogo sujo” das elites.
Bom, o elogio a Severino foi feito em pleno palanque, no comício articulado em Garanhuns para apresentar Dilma aos seus conterrâneos.
Nosso presidente usa e abusa do seu direito de distorcer a verdade.
E quanto menor o nível de consciência do público ao qual se dirige, mais atropela os fatos e mais sandices comete.
Em sua terra natal – Garanhuns – Lula afirmou que seu corpo “estaria mais arrebentado do que o de Jesus Cristo depois de tantas chibatadas” da oposição.
E por aí foi: “o que tentaram fazer comigo, fizeram com Getúlio e ele deu um tiro no peito.
O que tentaram fazer comigo fizeram com Jango, que teve que sair do Brasil. O que não sabiam, é que Lula era milhões de Lula espalhados pelo Brasil.”
Se é para fazer comparações, nosso presidente deveria se comparar a Antônio Conselheiro, com quem tem em comum o messianismo deslavado.
Lula parece mais com uma figura popularizada pela televisão:
Sassá Mutema, o Salvador da Pátria.
As auto comparações de Lula entrariam para o folclore nacional e apenas alimentariam sátiras, algumas certamente deliciosas.
Dias Gomes, se ainda estivesse entre nós, teria inspiração para a eternidade.
Lula tem a peculiaridade de ser embriagado pelo poder e pela visão magnífica que tem de si mesmo.
Então, alucinações "vindas de dentro", ou construídas ou reforçadas por marqueteiros nada teriam de folclóricas ou anedóticas.
25.07.2010
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