Por Augusto Nunes
“Ministro meu não vai tirar sapato para revista”, gabou-se o presidente Lula em incontáveis comícios.
Sempre obcecado pela figura do antecessor, vive tentando transformar em agressão à honra nacional o episódio ocorrido em 2002, num aeroporto americano, que envolveu Celso Lafer, ministro das Relações Exteriores do governo Fernando Henrique Cardoso, e outros dois chanceleres.
“Fui aos Estados Unidos num momento subsequente aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001″, repetiu pacientemente Lafer, “Havia uma legislação aplicável a todas as pessoas.
Achei que era natural essa preocupação com segurança. Entendi republicanamente que não cabia o ’sabe com quem você está falando’.
Não criei problemas, assim como não criaram nesta mesma ocasião o ministro das Relações Exteriores da Rússia e a ministra do Chile”.
Coisa corriqueira.
Coisa intolerável, insiste Lula.
“Fui aos Estados Unidos num momento subsequente aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001″, repetiu pacientemente Lafer, “Havia uma legislação aplicável a todas as pessoas.
Achei que era natural essa preocupação com segurança. Entendi republicanamente que não cabia o ’sabe com quem você está falando’.
Não criei problemas, assim como não criaram nesta mesma ocasião o ministro das Relações Exteriores da Rússia e a ministra do Chile”.
Coisa corriqueira.
Coisa intolerável, insiste Lula.
Nesta terça-feira, o chanceler Celso Amorim foi impedido de entrar na Faixa de Gaza pelo governo de Israel.
Há um mês, a restrição atingiu o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, mas Lula está proibido de mencionar o antecedente.
Se o argumento não vale para Lafer, também não pode valer para Amorim.
O ex-chanceler ficou sem sapatos e sem motivos para constrangimentos.
Amorim foi humilhado de sapatos.
Só perdeu a pose e a viagem.
“Tentei ir a Gaza, mas encontrei resistência”, desconversa.
O que encontrou foi uma porta fechada.
Para sustentar a bravata, Lula deve estar planejando o rompimento de relações diplomáticas com Israel.
Ministro dele não tira sapato para revista.
Nem pode ser despachado de sapatos.
Amorim foi humilhado de sapatos.
Só perdeu a pose e a viagem.
“Tentei ir a Gaza, mas encontrei resistência”, desconversa.
O que encontrou foi uma porta fechada.
Para sustentar a bravata, Lula deve estar planejando o rompimento de relações diplomáticas com Israel.
Ministro dele não tira sapato para revista.
Nem pode ser despachado de sapatos.
29/07/2010
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