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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O jogo sujo das bolsas e o “Proer” do governo Lula

"O PT é o partido que tira de quem trabalha para distribuir para quem não trabalha."
Frase de uma taxista de Porto Alegre


Dependência global

Se nossa economia ia bem, com recorde até no aumento do PIB, por que importou a crise dos “grandes mercados”?

Como Lula não entende bulufas de economia e sua equipe econômica é medíocre e deslumbrada, o verdadeiro rei do pedaço é o banqueiro Henrique Meireles, uma das figuras mais sinistras em tempos de crise.
Seu prontuário não é nada tranqüilizador.

Foi o grande vilão na crise argentina de 2001 e sempre atuou com grande desenvoltura em causa própria. Logo nos primeiros meses á frente do Banco Central, o BankBoston, que presidiu, bateu todos os recordes em lucratividade no Brasil: R$ 162 milhões – um crescimento de 410% em relação ao mesmo período no ano anterior.

Foi ele o primeiro a envolver o Brasil numa crise que estaria restrita à bolsa, devido à sua anexação ao jogo especulativo internacional, hipertrofiada, paradoxalmente, a partir da ascensão do Partido dos Trabalhadores.

Quando Lula assumiu, 12 mil pontos já eram considerados números de alta. O volume de negócios raramente chegava a R$ 1 bilhão. A partir das garantias políticas oferecidas, tendo como fiador o ex-presidente do BankBoston, a Bovespa alcançou mais de 70 mil pontos, índices jamais imaginados, como volumes de negócios superiores a R$ 5 bilhões por dia.

A bolsa passou a ser a grande referência de uma economia atrelada a uma gangorra internacional. Nem no tempo de Collor, nem na era FHC a vitalidade econômica foi tão globalizada, no que isso representa de dependência e risco.


Nesse ambiente de nervosismo, Meireles arrancou de Lula a Medida Provisória 442, que lhe dá poderes excepcionais para prestar socorro a bancos eventualmente em dificuldade. Não se sabe quem ai mal das pernas, mas a mão amiga do governo petista não vai faltar.

Isso é a própria repetição do PROER, aquele programa de FHC que injetou dinheiro público nas instituições financeiras, bancando a transferência de carteiras e clientes.

Como é que o PT, que esperneou contra o PROER, vai se explicar agora, nessa medida que revela outra vez, com mais saliência, o seu estelionato político?

E os chamados partidos da base aliada, vão ficar dizendo sim, senhor, por conta de algumas sinecuras e das delícias desses podres poderes?
Lembra quando a Varig estava precisando de uma injeção do governo, do qual é credora?

Do alto de sua arrogância, dona Dilma foi logo proclamando: esse é um problema do mercado, não há como usar dinheiro público num empréstimo a uma companhia octogenária, com mais de 15 mil empregados e dependentes do seu fundo de pensão.
Insisto que toda essa queda na bolsa é manipulada mais uma vez, nessa gangorra perversa em que perdem os poupadores ingênuos e ganham os especuladores espertos.
Se você tem dúvida sobre isso, dê um tempo. Em breve, estará sendo processada mais uma expropriação do dinheiro e da esperança de quem acreditou nesse cassino.
coluna@pedroporfirio.com

Trechos do artigo de Pedro Porfírio. Aqui.

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