Crise nas bolsas
Até o fim de julho de 2007, a economia mundial atravessava um dos períodos de maior prosperidade dos últimos trinta anos: as empresas nunca lucraram tanto, a China crescia a 10% ao ano, o Brasil exportava matéria-prima em volumes e preços recordes.
Em total contraponto a esse ambiente saudável, as bolsas de valores e as moedas de todo o planeta foram abaladas por um terremoto.
Em duas semanas, trilhões de dólares evaporaram dos mercados de ações sem que houvesse um ataque terrorista, como o de 2001, ou a quebra de um país emergente – como a Tailândia, em 1997, a Rússia, em 1998, e o Brasil, em 1999.
Um pânico de origem incerta e difusa dominou os agentes financeiros. Bancos europeus e americanos subitamente cortaram o crédito a empresas, mesmo as de primeira linha.
Os bancos centrais, por sua vez, despejaram dinheiro no mercado para conter a saída de liquidez. Estava configurado um novo período de instabilidade sem prazo para acabar.
Entenda as razões desta nova crise financeira.
1. Por que as bolsas de valores vêm caindo em todo o mundo?
2. O que há de errado com o mercado imobiliário dos EUA?
3. Como esses problemas influenciam as bolsas mundiais?
4. Qual é a real extensão desta crise?
5. No que ela difere de turbulências globais anteriores?
6. Os bancos centrais devem agir para conter a crise?
7. E o que eles têm feito para afastar essa ameaça?
8. E o governo americano, como reagiu à crise?
9. Quais são os efeitos sofridos pelo Brasil?
10. Por que o país não corre tantos riscos desta vez?
11. Por que o dólar sobe quando a bolsa cai?
12. É possível uma nova onda de desemprego?
13. É seguro investir em ações nesse período?
1. Por que as bolsas de valores vêm caindo em todo o mundo?
Os principais mercados de ações do planeta estão sofrendo os efeitos de um problema ocorrido no mercado imobiliário dos Estados Unidos.
A descoberta de que alguns americanos não estão pagando as prestações dos financiamentos de suas casas espalhou pânico entre investidores em todo o mundo – muitos fundos de investimento possuem parte de seus papéis lastreados nestes financiamentos.
Como um segmento da população não consegue pagar as suas parcelas, criou-se um temor de que os americanos possam também diminuir o seu ritmo de consumo.
Este medo de retração da economia dos EUA, aliado à suspeita da existência de papéis “contaminados” nos fundos de investimentos, fez com que muitos investidores vendessem as ações que possuíam.
Quando há muita gente querendo vender, o preço das ações cai.
O conjunto do das ações em queda derrubou a cotação das bolsas de valores.
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