Henrique de Campos Meirelles, de 63 anos, é o homem fundamental para o destino do chefão Luiz Inácio Lula da Silva, no curtíssimo, no médio ou no longo prazos. Meirelles será o principal concorrente ao projeto de retorno presidencial de Lula, em 2014.
Motivo simples de explicar. Meirelles pretende ser governador de Goiás em 2010.
Quatro anos depois, seu alvo será o Palácio do Planalto. Meirelles sonha com a cadeira presidencial desde 2002, quando se aposentou da presidência mundial do BankBoston.
Talvez a equipe estratégica do chefão Lula já saiba destes planos.
Há bastante tempo, a vontade de detonar Meirelles do BC é imensa. Ele também está doido para deixar o cargo. Mas a detonação da crise financeira internacional, mexendo na liquidez de grandes bancos, o obriga a ficar onde está.
Para pavor do chefão Lula, que não entende direito o que o Presidente (do BC) lhe explica, Meirelles é o homem mais poderoso do Brasil e tem papel estratégico no mundo de hoje.
Simplesmente porque Meirelles preside os destinos econômicos do único País, junto com os EUA, que será o grande credor líquido no final da presente crise financeira global.
O Brasil não pode e nem vai quebrar porque é o fornecedor das principais commodities (alimentos e minerais) que sustentam o resto do mundo. Meirelles teve as informações privilegiadas sobre o caos no mundo financeiro.
Eis por que Meirelles adotou uma política monetária ortodoxa no BC.
Blindou o sistema financeiro nacional e fez reservas internacionais em dólar em um volume que ninguém entendeu e apenas poucos ousaram criticar. Meirelles guardou (aplicou, né?) mais de US$ 200 milhões do Brasil nos confrinhos dos banqueiros amigos.
Tudo porque tinha a informação privilegiada de que a crise viria não na forma de uma “marolinha”, mas de um tsunami sem hora para acabar.
Lula anda brigado com Meirelles que hoje manda no Brasil de verdade. Agora, vai ter de aturar o Presidente de fato do País. Meirelles acaba de conquistar o prêmio de "Financista do Ano". A honraria foi concedida pela revista especializada "Latin Trade", editada em Miami.
Em Washington, ontem, também faturou o prêmio de banqueiro central do ano da América Latina. Durante a premiação, Meirelles deixou claro que o BC do Brasil tem tomado decisões dentro da área de competência e "certamente o presidente Lula tem dado apoio e concordado com as decisões do BC".
Ou seja, Lula não manda. Apenas obedece.
O chefão está PT da vida com Meirelles, que pode atrapalhar seus planos de voltar ao Planalto em 2014. Se Meirelles se sair bem na condição da crise atual, alimentará ainda mais sua fama de bom gestor. E mesmo não sendo tão popular quanto o chefão, Meirelles terá o apoio fundamental para ser presidente do Brasil: o dos banqueiros internacionais socialistas fabianos.
O povinho apenas vota no boneco do ventríloquo, seja ele quem for.
O adversário de Lula tem um histórico de poder. Em 1984, Henrique Meirelles conseguiu a façanha de ser alçado ao posto máximo do BankBoston.
Curiosamente um banco que, até 1947, sequer aceitava estrangeiros nem como clientes.
Antes de nomeá-lo, a cúpula do BankBoston consultou o Federal Reserve, o banco central privado americano, sobre a hipótese de escolher um brasileiro para presidente.
Nunca um estrangeiro, fosse ele sul-americano, asiático ou europeu, havia dirigido uma casa bancária de tal porte nos Estados Unidos.
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Por Jorge Serrão
Paulo Sérgio
Comentário
Não sei como Meirelles tem paciência suportar Lula. Só pode ser extremo patriotismo.
Ele é obrigado a mandar Lula calar a boca várias vezes, e assim mesmo, paga enormes micos. Lula dizendo asneiras como se Meirelles concordassem com elas, fazendo-o passar por incompetente.
Ele é obrigado a mandar Lula calar a boca várias vezes, e assim mesmo, paga enormes micos. Lula dizendo asneiras como se Meirelles concordassem com elas, fazendo-o passar por incompetente.
Paulo Sérgio
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