Protógenes vai à guerra
Rodrigo Rangel, de Brasília
ELE FALOU
E ele, Protógenes, já não tem mais a retaguarda da poderosa Diretoria de Inteligência Policial, o bunker da Polícia Federal que nos últimos anos funcionou como fábrica de provas contra toda espécie de criminosos no país.
Protógenes integrava o primeiro time da DIP.
Por suas mãos passaram alguns dos casos mais rumorosos da crônica policial brasileira, como os que levaram para a cadeia o contrabandista Law Kin Chong e o ex-prefeito paulistano Paulo Maluf.
No entanto, depois da Satiagraha, a operação que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o delegado viu sua vida virar pelo avesso.
Primeiro o inquérito saiu de suas mãos, com direito a manifestação até do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Agora, Protógenes se vê sob a acusação de ter montado um aparelho paralelo na operação para grampear clandestinamente altas autoridades da República.
O inferno de Dantas, o banqueiro-alvo da Satiagraha, acabou por se transformar no inferno de Protógenes.
O delegado promete reagir.
E o início desta reação tem como alvo o atual comando da Polícia Federal.
Ele não fala em nomes.
Mas fica evidente: o destinatário dos tiros é o atual diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa.
Em entrevista a ÉPOCA, Protógenes afirma que, após reduzir sensivelmente o número de policiais encarregados da investigação, a direção da polícia passou a vigiar os policiais que permaneceram no caso.
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