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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

PROTÓGENES, E AGORA!

PROTÓGENES, E AGORA!

Bernardino Matos

Satiagraha, é o nome,
de um fedorendo atoleiro,
cercado de um abelheiro.
que ferroa, mata e some,
e com avidez consome,
os impostos que pagamos,
e enquanto pobres ficamos,
o Oportunity cresce,
uma quadrilha enriquece,
e no país grassa a fome.

Uma elite doutorada,
em desvio de dinheiro,
com o faro do banqueiro,
perita em patocoada,
Protógenes, que mancada!
fazer investigação,
usando grampeação,
querer fuçar os meandros,
desse covil de malandros,
pegou canoa furada.

Montaram o mensalão,
um grupo de assaltantes,
que por meios aviltantes,
assaltaram a nação,
numa associação,
com Lula de presidente,
no papel de indiferente,
pegou longo uma surdez,
e ficou cego de vez,
e perdeu a falação.

Ficaram todos sentidos,
isso vem de longa data,
no Brasil é coisa nata,
dá proteção a bandidos,
sempre tão bem acolhidos,
eles são pesquisadores,
dos governos assessores,
descobrem sempre um furo,
um desvio mais seguro,
conquistas de tempos idos.

Protógenes, e agora!,
você que era brioso,
que era consciencioso,
botaram você pra fora,
Protógenes,e agora!
e o congresso aproveita,
onde se viu tal desfeita!,
roubar é crime pé-duro,
coisa peba, sem futuro,
sina de gente caipora.

E em vez de Daniel,
hábil em estratagema,
que geriu todo o esquema,
você é que é o réu,
nesse grande carrocel,
nesse parque de recreio,
nesse montado rodeio,
onde os melhores vaqueiiros,
e os mais hábeis toureiros,
parecem mais um xeréu.

E, assim, com tantos papos,
pré-sal, essa tosca homília,
PAC e bolsa família
com essa lingua-de-trapos,
Lula tece com fiapos,
uma rede ardilosa,
em cadeia mentirosa,
ludibriando a nação,
enganando esse povão,
que gosta de engolir sapos.

Pra escapar do lodaçal,
o governo é descarado,
procura um aloprado,
pra meter nele o pré-sal,
um fundo descomunal,
que vai tudo resolver,
na saúde e no saber,
e o negócio é pra já,
o petróleo vai jorrar,
na esfera federal.

Nós vamos é exportar,
sal pra todo o planeta,
de navio e de maleta,
pois pro petróleo jorrar,
muito tempo vai levar,
é grande o investimento,
tenho o pressentimento,
que Cahvez vai ser o sócio,
nos lucros dese negócio,
transas de Ali-Babá.

E os deputados vendidos,
que farejam poder,
o triste MDB,
pelo povo escolhidos,
preferem ser incluídos,
no elenco da cobiça,
onde circula a mundiça,
onde esqueceram a decência
e vendem a consciência,
por cargos bem protegidos.

E as CPI são usadas,
pra sepultar a justiça,
como areia movediça,
logo elas são aviltadas,
pra não serem aprovadas,
leis que veham impedir,
tanta torpeza fluir,
pelo ralo da sujeira,
onde passa a roubalheira,
em mentes tão aguçadas.

Protógenes, e agora!
você virou criminoso,
nesse circo ardiloso,
colocou o seu na reta,
e essse bando de trompeta,
que gosta muito de fundo,
que vasculha o sub-mundo,
que adora montar grampos,
que percorreu tantos pampos,
fará de você ninfeta.

E você que vai votar,
não escolha picareta,
fuja dessa micareta,
só você pode mudar,
o rumo desse vagar,
jogue fora esse pinico,
mande pra longe esse mico,
escolha gente decente,
que nos faça ir pra frente,
que saiba onde quer chegar.

Nesse circo bem montado,
não queira ser o palhaço,
não dobre o seu espinhaço,
pois sempre foi considerado,
um reles pobre coitado,
que não tem eira nem beira,
não ouça mais essa asneira,
você é quem tem poder,
basta você escolher,
gestor bem intencionado.

Fortaleza, 15/09/08

de Giuseppe Martinelli,
em seu poema "Os Três Poderes"


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