Segundo o documento, a prática de classificar os assassinatos feitos por policiais como meros "autos de resistência" dá aos agentes 'carta-branca' para matar.
Relator especial da ONU sobre Execuções Arbitrárias, Sumárias ou Extrajudiciais, Philip Alston destaca ainda que 'o Brasil tem uma das maiores taxas de homicídio no mundo, com mais de 48 mil pessoas mortas por ano'.
E diz que, no Rio de Janeiro, 'os policiais em serviço são responsáveis por quase 18% do número total de mortes, matando três pessoas a cada dia'.
"Assassinatos cometidos por quadrilhas, companheiros de cela, policiais, esquadrões da morte e assassinos mercenários regularmente são notícia no Brasil e no mundo.
Execuções extrajudiciais são apoiadas por grande parte da população, que teme as altas taxas de crime e tem consciência de que o sistema de justiça criminal é muito lento para punir efetivamente os criminosos.
Muitos políticos, ansiosos por agradar o eleitorado amedrontado, falharam em demonstrar a vontade política necessária para controlar as execuções perpetradas pela polícia", diz um trecho do documento.
O Globo Online
Agência Brasil
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