A super-empresa de telecomunicações, resultado da compra da Brasil Telecom pela Oi (antiga Telemar) e deverá ser batizada, segundo a VEJA, de Oi Brasil será dona de 65% da telefonia fixa no país.
Terá 43% do mercado total de banda larga.
E 17% dos assinantes de telefonia celular.
Uma gigante de quase 30 bilhões de reais de faturamento anual. Muito mais que o da Vale (do Rio Doce). . Um negócio de 8,65 bilhões de reais – quase tudo financiado pelo BNDES. .
É necessário também que seja alterada a lei que regulamenta as telecomunicações, dizia a Veja em janeiro, pela legislação em vigor, a compra não é permitida, pois o mesmo controlador não pode ser dono de duas concessionárias.
Isso não será empecilho.
O Palácio do Planalto desde sempre avisou às partes que está pronto para editar um decreto mandando essa proibição para o espaço.
A mexida na lei será feita em velocidade de carro de Fórmula 1 – o negócio tem a bênção do governo Lula. E não é de hoje. A operação estava marcada para vir ao mundo em 2006, conforme mostrou uma reportagem da revista publicada em outubro daquele ano.
O que a travou foi justamente a descoberta, pela VEJA, de que o lobby para mudar a legislação impeditiva foi tão violento que chegou a envolver o filho do presidente da República, Fábio Luís, o Lulinha, e seu amigo, Kalil Bittar. .
Antes disso, VEJA havia revelado que, em 2005, a Telemar (atual Oi) investira 5,2 milhões de reais na Gamecorp, uma produtora de TV e de jogos para celular que tem entre os seus sócios Lulinha e Bittar.
Até agora, a Telemar/Oi investiu mais de 10 milhões de reais na Gamecorp.
O impacto da descoberta adormeceu o negócio entre a Oi e a Brasil Telecom. Mas não o matou. No ano passado, sob a declarada boa vontade do governo, as conversas recomeçaram. E intensificaram-se a partir de novembro. Entre em dezembro, chegou-se ao estágio final. .
O que causa estranheza no contrato assinado entre Oi e BrT é a clausula que prevê uma multa de R$ 490 milhões, a ser pago pela Telemar, caso o contrato seja desfeito. Entre as possibilidades de pagamento da multa, seria a possibilidade da Anatel não aprovar a aquisição em até 240 dias.
Com se vê é muito dinheiro envolvido em muita confiança no taco, de quem conta com o ovo da mudança das regras, ainda dentro da galinha governamental.
Daí se compreender o estresse causado pelo senador Sergio Guerra em não aprovar, de primeira, a funcionária Emília Ribeiro, que será o voto de desempate, na Anatel dividida, em dois votos contras, dois a favor.
Fontes: VEJA Online, Folha de São Paulo
Acaba-se a concorrência. A OiBrasil deitará e rolará em cima dos consumidores.
Engraçado, há tempos atrás, a Lacta e a Garoto, indústrias de chocolate quiseram se fundir, mas o CADE-Conselho de Defesa Econômico não aprovou porque a Lacta teria mais de 50% do mercado de chocolates e isso inviabilizaria a concorrência.
E agora acontece isso na área de telecomunicações, mais essencial que chocolates.
Acaba-se a concorrência. A OiBrasil deitará e rolará em cima dos consumidores.
Engraçado, há tempos atrás, a Lacta e a Garoto, indústrias de chocolate quiseram se fundir, mas o CADE-Conselho de Defesa Econômico não aprovou porque a Lacta teria mais de 50% do mercado de chocolates e isso inviabilizaria a concorrência.
E agora acontece isso na área de telecomunicações, mais essencial que chocolates.
FORA LULA, FORA PT!
por Carmen Gomes
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