O governo passou o rolo compressor sobre o Senado, numa das votações mais escandalosas da história da República.
Se a TV Lula não fosse aprovada até 21 de março, a medida provisória que a instituiu perderia a eficácia, o que provocou destempero e truculência na base do governo.
A tensão em Plenário chegou ao ápice quando, durante a votação da segunda matéria da pauta, a MP 397/07, o relator, o líder governista Romero Jucá (PMDB-RR) apresentou parecer pela sua rejeição.
A oposição considerou desrespeitoso ao Senado o fato de o governo editar medidas provisórias e depois propor a sua rejeição.
"Isto não pode ser aceito, estão achincalhando o Senado", disse José Agripino, líder o DEM. "A MP não era urgente e relavante?" acrescentou. "Não vamos deixar que a minoria diga o que se vota e o que não se vota. Aqui não é a favela da Portelinha, onde o Juvenal Antena manda e desmanda", disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR), em um dos discursos mais insultuosos de sua carreira.
A Oposição reagiu lembrando que a maioria do governo é construída com base no mensalão e no troca-troca de cargos, favores, comissões e recursos do Orçamento.
Depois disso, senadores do PSDB e do DEM deixaram o Plenário.
Governistas aprovam medidas provisórias em plenário vazio
Os oposicionistas cobraram com veemência o encerramento imediato do que classificaram de "infeliz sessão". Como o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), se negou a tomar essa atitude, as bancadas do PSDB e do DEM deixaram o plenário da Casa. "As conseqüências disso tudo virão amanhã", alertou Virgílio. Os governistas votaram a favor do parecer de Jucá em um plenário esvaziado e, logo depois, debateram e aprovaram a MP da TV Pública.
"Palhaçada", "avacalhação" e "falta de vergonha institucionalizada" foram alguns dos termos usados por tucanos e democratas para classificar a postura do líder do governo, que mais cedo já havia atacado a obstrução promovida pela oposição. Aqui.
Parafraseando o marketeiro-norte americano: "é a ideologia, estúpido"
O que o honrado governo do petismo-lulismo quer é a HEGEMONIA COMUNICACIONAL - vulgarmente conhecido como 'pravda' - a verdade - do governo, sem discordância, dissidências e outras 'perturbações' que possam a ameaçar o poder hegemônico.
Abs RR
" Ele nos deseja emburrecer como já o fez com toda sua militância."
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