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sábado, 17 de julho de 2010

O lulopetismo está contando com o ovo que sequer está no feofó da galinha.

O PT e sua cédula de três reais




Pitacos recebeu um telefonema de Luciano Pinho – nosso companheiro desde o tempo da militância conjunta no bom e velho “Partidão” (PCB).

Ele informou que o blog de Fernando Rodrigues trazia dados de uma pesquisa interna do PT, na qual Dilma teria 43% das intenções de votos e Serra, 36%.
 

A frente seria de sete pontos em favor da petista.

Macacos velhos, fomos conferir na fonte.

A nota de Fernando Rodrigues é de ontem (dia 14) e escondidinha no pé da página.

Ressabiados, ligamos para nosso amigo da equipe de Gonzáles, marqueteiro da campanha de Serra, aquele que toca as pesquisas do PSDB.


Ele nos deu informações preciosas. Pitacos foi autorizado a publicá-las.


O recado é preciso: os números expressos na nota de Fernando Rodrigues são iguais a uma nota de três reais. Absolutamente falsos.


Foi adiante: “Os mesmos números foram fornecidos ao jornalista Lauro Jardim, que, prudentemente não os divulgou, após um telefonema conosco”.


Em seguida ele nos lembrou: “Pouco depois que eu informei a vocês que as pesquisas do IBOPE e do Datafolha dariam um empate entre as duas candidaturas, vocês me telefonaram cientificando-me que a coordenação do PT dizia que tinha em mãos uma pesquisa interna que dava uma diferença em favor de Dilma de oito pontos.

Quando os dois institutos divulgaram seus números, ficou provado que nós estávamos dizendo a verdade.”


E acrescentou: “agora eles estão apenas alardeando números velhos, que não foram confirmados.”


Desafio

A partir daí nosso amigo fez um desafio, do qual é difícil a equipe de marketing do PT fugir, sem perder a sua credibilidade.

“É simples.

Se eles têm números tão favoráveis, podem ir até o Superior Tribunal Eleitoral, registrar a pesquisa e depois de ter cumprido o prazo legal, publicá-la.

Todo mundo já fez isto. Encomenda-se uma pesquisa para fins internos. Se os números não são favoráveis, não se registra a pesquisa. Se o são, registra-se e depois os divulga.

Ora, se eles têm números tão alvissareiros, por que não fazem isto, uma vez que já fizeram no passado, assim como nós também já fizemos?”


Só isto já coloca sob suspeita a nota publicada por Fernando Rodrigues.

O rapaz, talvez no afã de dar um “furo jornalístico”, cometeu aquilo que no jargão da categoria chama-se de “barriga”.

Publicou uma nota com a credibilidade de uma cédula de três reais.


Os números tucanos são outros


Aproveitamos o momento para indagar qual a realidade apontada pelo tracking tucano. Recebemos uma informação bombástica. Há uma semana o PSDB deixou de fazer pesquisas nacionais para focar em pesquisas regionais.

“Não vamos queimar dinheiro à toa, porque o quadro nacional não mudará muito enquanto não começar o programa televisivo”, disse nosso amigo marqueteiro.

Deu uma informação preciosa: em nosso último levantamento nacional (uma semana atrás), Serra estava quatro pontos na frente de Dilma.

Na sequência vieram algumas informações sobre o quadro estadual, no que diz respeito à disputa Serra-Dilma:

“Estamos na frente no Espírito Santo.

Em Minas, a situação é próxima à revelada pelo IBOPE, um empate entre os dois candidatos.

Para surpresa nossa, no Rio os números de Serra são melhores do que os que esperávamos.

E também vamos bem na Bahia”.

Brincamos com o nosso amigo marqueteiro sobre a surpresa no Estado capixaba:

“Esta, só o “Espírito Santo” explica.”


Nosso amigo, que é de um realismo irritante, está entusiasmado com os números dos estados. Repetiu, sucessivas vezes, que mesmo no Nordeste, Serra tem hoje uma situação bem melhor do que a de Geraldo Alckmin, em 2006.”


Astral tucano


O que deu para sentir é que a equipe de marketing do PSDB está com a astral lá em cima e que está morrendo de rir dessa história besta de Temer, Palocci e outros petistas de já estarem fumando o charuto da vitória.

Quem canta vitória antes do tempo e se baseia em suposições infundadas, corre altos riscos de bater contra uma parede de concreto, tendo perdido, pouco antes, o foco da batalha.

Bazófias que logo a seguir são desmentidas pela vida não apenas minam a credibilidade e jogam ladeira abaixo a autoconfiança de suas fileiras.

Destes riscos não padecemos.


De acordo com nosso amigo, o lulopetismo está contando com o ovo que sequer está no feofó da galinha.

É o que acontece com quem acredita na existência da nota de três reais.



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