Um acordo secreto, assinado em 2 de fevereiro de 2006, quase cinco meses antes da compra da VarigLog, obrigava os três sócios brasileiros - Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel - a vender suas ações na Volo do Brasil à Volo LLC, que pertence ao fundo americano Matlin Patterson, controlado pelo chinês Lap Chan.
É o que revela reportagem de Leila Suwwan e Henrique Gomes Batista, do Globo.
Segundo a matéria, o objetivo era retirar os brasileiros e deixar a VarigLog - que mais tarde compraria a Varig - em mãos de capital estrangeiro, o que é proibido pela legislação brasileira.
Pressionada, a Volo do Brasil enviou uma declaração falta à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmando que não havia contrato de gaveta entre os sócios.
A confirmação do contrato pode anular a operação de venda da VarigLog por fraude processual.
O escritório de Roberto Teixeira, amigo e compadre do presidente Lula, representava a Volo do Brasil. Indagada sobre a comprovação de que o contrato de gaveta sempre existiu, a Anac disse que a agência precisa receber o documento por via oficial para se pronunciar.
Informou que a devida análise sobre a fraude processual será feita e não descartou a instauração de um processo administrativo que pode anular a venda da VarigLog à Volo do Brasil.
O Globo Online
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