FORÇA: A PARTEIRA DAS REVOLUÇÕES
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
13/06/2008
É profundamente lamentável que não tenhamos instituições e partidos de oposição com determinação para barrar a corrupção obscena que se desenrola diante das vistas dos poucos brasileiros perceptivos e, portanto, capazes de avaliar o que realmente se passa no governo e no seu partido, o PT.
Os últimos dias têm ilustrado com claras evidências a bandalheira oficial e foram ricos em notícias escandalosas, que rapidamente se apagarão da memória coletiva sem maiores problemas ou conseqüências.
Em todo caso, quem tomou conhecimento, ainda que só pela TV, do depoimento da ex-diretora da Anac Denise Abreu, que na Câmara discorreu sobre as pressões da Casa Civil e a interferência “imoral e até ilegal” do compadre do presidente da República, Roberto Teixeira, com relação ás negociações ou negociatas que culminaram com a compra da Varig pela Gol, deve ter desconfiado, e esse é o ponto mais grave, que desta vez Lula da Silva não poderá dizer que não sabia de nada.
Impossível ele afirmar que jamais conheceu o homem que o sustentou durante tantos anos, que priva de sua intimidade, que freqüenta seus palácios.
Entretanto, pede-se o impeachment da governadora Yeda Crusius por suposto envolvimento em corrupção de alguns de seus auxiliares enquanto o nível federal fica acima de qualquer suspeita, aconteça o que acontecer de mais escabroso e escancarado.
A questão é que não existe quem enfrente com coragem a desonestidade que apodrece o país e o PT se preparou muito bem para assumir o poder, dele não pretendendo sair tão cedo.
Agora está tudo contaminado, corrompido, achincalhado.
A propaganda é asfixiante e Lula da Silva, bem orientado e tarimbado nas lides sindicais e populistas, agrada com seus discursos a todas as classes.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, professora e escritora.
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