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quarta-feira, 14 de maio de 2008

Paulinho nas cordas

Paulinho nas cordas

Deputado joga na Comissão de Ética a chance de não ser cassado pelo envolvimento com a turma que operava no BNDES
por ALAN RODRIGUES

Desembarcou no Supremo Tribunal Federal, na semana passada, o relatório da PF sobre o desvio de verbas públicas no BNDES – e é a partir daí que a vida do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, pode azedar.

Há no papelório da polícia a transcrição da gravação de uma conversa entre o principal assessor de Paulinho, João Pedro de Moura, e uma secretária da Força Sindical de prenome Valéria.

A conversa se deu no dia 22 de fevereiro, às 11h20, e está na página 495 do relatório (ofício nº 5096/DRE/SR/SP). João Pedro e Valéria falam sobre irregularidades nos contratos da Força Sindical com o Instituto Paulista de Ensino e Cultura (Ipec) e o Ministério do Trabalho.

Valéria diz a João Pedro que o Ministério está dando “bomba” no contrato acertado entre as partes e que a Força teria de devolver R$ 59 milhões aos cofres públicos.

Valéria – Cheguei ontem do Ministério. Aquela comissão especial está reprovando todos os contratos que a gente fez com o Ipec e pedindo a devolução do dinheiro...

João Pedro – Meu Deus do céu.

Valéria – Temos 15 dias para responder. A devolução está em torno de R$ 59 milhões.

João Pedro – Tem que marcar uma reunião com o pessoal do Tosto.

Valéria – (O Ministério) reprovou porque o Ipec não apresentou nota. Contratamos o Ipec com dispensa de licitação.

SEGUNDO A PF, O DEPUTADO RECEBEU PROPINA DE R$ 325 MIL EM
TROCA DE INTERMEDIAÇÃO NA LIBERAÇÃO DE VERBAS DO BANCO

http://www.terra.com.br/istoe/

Inocêncio considerou gravíssimo o fato de Paulinho ter recebido um telefonema do advogado paulista Ricardo Tosto, sócio de um dos mais conceituados escritórios do País, assim que o tributarista deixou a prisão.

Na ligação, Paulinho promete a Tosto “mexer os pauzinhos” no Congresso para convocar o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o então superintendente da PF em São Paulo, Jaber Saadi, a se explicarem sobre as prisões promovidas pela PF.

“Não se pode usar o mandato para dar aperto em ninguém”,diz Inocêncio.

Colaborou Hugo Marques (Brasília)

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