Carlos Minc diz que só assume oficialmente o cargo e tiver certeza que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceita realmente as condições que impôs.
- O que eu disse para o Lula é que eu vou conversar com ele na segunda, pois eu quero saber exatamente os planos que ele tem, as idéias e as condições de trabalho.
E eu disse para ele quais foram as condições de trabalho que o Sérgio Cabral me deu no Rio de Janeiro e eu aceitei depois da terceira tentativa dele.
( Ouça trechos da coletiva de Minc )
O novo ministro disse que ganhou carta verde de Lula, de quem se diz amigo, para montar a equipe do ministério:
- O Lula topa tudo. Mas topa tudo porque é meu amigo, quer muito, eu estou longe e não começaram as pressões de gente querendo meter alguém aqui e ali no Ministério do Meio Ambiente. Não vai meter ninguém!
O Lula me deu carta verde para montar a equipe - afirmou.
O futuro titular da pasta do Meio Ambiente garante que não cederá para que a Amazônia vire o quintal do capital internacional:
- Se alguém acha que com a minha história, eu vou para lá (Brasília) ser um anti-Marina, abrir a Amazônia para capital interno e internacional, abrir as pernas para a Amazônia virar um quintal, está absolutamente equivocado.
O fator principal do desmatamento da Amazônia não é a soja, é o gado. Tem que ter mecanismos que estimulem e premiem a preservação, como o ICMS verde que adotamos no Rio, que faz com que os prefeitos que tomam série de atitudes ambientais recebam mais.
Minc diz que faz questão de participar de todas as reuniões para discutir o desenvolvimento econômico do país porque, segundo ele, o meio ambiente tem que ser levado em conta sempre, e participar das discussões sobre a política industrial.
- E eu também disse para ele (Lula) que era inaceitável que o meio ambiente não estivesse participando das discussões sobre a política industrial do Brasil.
O meio ambiente não pode ficar de fora disso. Não pode haver uma política industrial e depois o meio ambiente correr atrás de salvar os répteis e pintar algumas fachadas de verde.
Não há possibilidade.
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