planejado por Dilma
Marina Silva, como se sabe, não se bicava muito com Dilma Rousseff, a ministra da Casa Civil. Agora, com a ida de Calos Minc para o Meio Ambiente, Dilma ganha um antigo aliado.
E como!!! Eles foram companheiros de armas na organização terrorista VAR-Palmares.. Na prática, ela era sua chefe.
Minc - cujos codinomes eram "Jair", "Orlando" e "José" - participou diretamente do famoso assalto ao "cofre do Adhemar": na noite de
18 de julho de 1969, os terroristas invadiram a casa de Anna Gimel Benchimol Capriglione, amante do ex-governador Adhemar de Barros, e levaram um cofre com US$ 2.800.064, uma fortuna fabulosa.
Dilma era o cérebro da operação, junto com Carlos Franklin Paixão de Araújo. Não participou diretamente do assalto porque era considerada "muito importante" para correr tanto risco.
Minc participara antes, no dia 31 de março de 1969, do assalto ao banco Andrade Arnaud, de onde foram levados 45 milhões de cruzeiros. Na ação terrorista, o comerciante Manoel da Silva Dutra foi assassinado.
Ah, as noviças estão nervosas...
Muita gente revoltada porque lembrei o passado de Carlos Minc.
É mesmo?
Que gente formidável!
Quer dizer que o passado dos "companheiros" só interessa quando é pra meter a mão no erário, quando é pra bater a carteira dos brasileiros, quando é pra pleitear indenização por causa da "luta contra a ditadura", é isso?
Quando se lembra que alguns ministros de estado estiveram envolvidos com ações terroristas, em que pessoas foram mortas, aí se trata, então, de coisa da direita reacionária?
Dilma pode fazer proselitismo no Senado sobre o seu passado, omitindo as partes que lhe são desfavoráveis, recontando a história segundo o ponto de vista de um heroísmo bastante particular, certo?
Mas atribuir a Minc e a ela própria o que lhes cabe é falta de civilidade política?
Calma lá!
Eu defendo a Lei da Anistia, por exemplo. Os "companheiros" é que andam querendo revisá-la. Eles é que saem por aí em "caravanas da reparação", conferindo indenizações e pensões até a pessoas que foram demitidas por abandono de emprego.
No caso de Minc, nada fiz que não fosse lembrar o óbvio: ele praticou um assalto que Dilma planejou e participou de um outro, com uma vítima fatal - um cidadão que nada tinha a ver com o peixe. Se eles não gostarem da lembrança, podem vir a público para fazer uma de três coisas:
a - tentar demonstrar que estou mentindo;
b - tentar demonstrar que agiram daquele modo para construir a democracia representativa;
c - tentar demonstrar - como, aliás, Dilma já fez - que ainda se orgulham de seus atos pregressos.Aqui.
Por Reinaldo Azevedo
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