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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Cristiano Paz relata participação nos fatos




Cristiano Paz

Cristiano Paz relata participação nos fatos que o levaram a ser réu do mensalão "Eu sinto que tenho uma satisfação a dar para a sociedade".

Assim o publicitário Cristiano Paz, 60 anos, define a iniciativa de romper o silêncio ao qual se impôs desde o início do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal.

Absolvido na última segunda-feira da acusação de evasão de divisas e condenado pelos crimes de peculato, corrupção ativa e lavagem de dinheiro na Ação Penal 470, Cristiano Paz define a exposição trazida pelo julgamento como "o pior drama da minha vida"


Com exclusividade ao Estado de Minas, o publicitário relata como o empresário Marcos Valério se tornou sócio de sua agência, a SMP&B, conta como soube das dificuldades do PT para pagar dívidas de campanha e garante: não se envolveu nas operações financeiras da agência nem jamais trocou uma palavra com o então ministro da Casa Civil, José Dirceu.

A decisão de se pronunciar publicamente é assim justificada por Cristiano Paz: "Gostaria que os brasileiros conhecessem como eu sou e a verdade que eu vivi".

Sou um profissional de criação publicitária. O cliente me entrega um briefing e eu devolvo uma solução de comunicação. Nesse campo recebi o reconhecimento do mercado publicitário brasileiro.Como tantos outros criativos, meu talento nunca foi para números, planilhas ou administração financeira. Esse defeito de origem me levou ao pior drama da minha vida, uma tempestade que hoje enfrento, cujo horizonte é somente a minha fé em Deus.

Comecei minha carreira em 1969 e em 1972 fui convidado para ser diretor de criação da Standard, Ogilvy & Mather, em Belo Horizonte. Onze anos mais tarde, tornei-me sócio da agência. Surgia a SMP&A, meu primeiro negócio. Em 1983, incorporamos a P&B e assim surgia a SMP&B, já totalmente independente do grupo multinacional.

Essa agência foi um sonho. Ganhamos todos os prêmios do mercado. Jovens e ambiciosos que éramos, partimos para uma iniciativa que descapitalizou a agência.

Em 1990, abrimos um bem montado escritório em São Paulo, centro da economia nacional. Gastamos tudo que tínhamos em um prédio incrível, afinal o mercado paulista não admite erros. Terminamos a empreitada descapitalizados.

No início dos anos 90, enfrentamos o Plano Collor. As dívidas que tínhamos ganharam juros estratosféricos. Administramos essa dívida galopante por quase uma década. Fazíamos um empréstimo para pagar o outro. Perdemos crédito, sem perder a confiança. Éramos uma marca forte no mercado publicitário, com quase 30 clientes e, sob minha direção, a criação brilhava. Já a conta bancária padecia.

Em setembro de 1994, meu sócio Maurício Moreira, responsável pelas áreas administrativa e financeira, apresentou-me um resumo dos resultados. Foi um susto. Ele me poupava no dia a dia do negócio, diante da situação de crescente endividamento. No mesmo mês, Maurício sofreu um acidente motociclístico e morreu tragicamente. A morte do sócio e amigo e a crise na agência me tomaram de assalto.

Nos últimos meses de vida, Maurício, tentando encontrar uma solução para o que vivíamos, conversava muito com um consultor financeiro, chamado Marcos Valério. Não sei como eles se conheceram. Mas a intenção era salvar o nosso negócio.

Algum tempo após a morte de Maurício, Valério procurou a mim e meu sócio, Ramon Hollerbach. O consultor se propôs a ajudar, buscando soluções financeiras para a crise. Já estávamos, Ramon e eu, há quase um ano sem fazer retiradas da empresa. Vendi o meu carro e o da minha esposa. Cheguei a vender tapetes e quadros da minha casa para me manter. Qualquer um que surgisse com alguma possibilidade de solução seria muito bem recebido.

Operação salvamento


De fato, não acreditava que algum investidor entraria como sócio da agência. Mas Valério conseguiu o que seria quase impossível. O empresário Clésio Andrade aceitou a sociedade e salvou a SMP&B.

A estratégia foi a criação de uma segunda empresa, a SMP&B Comunicação. A empresa deficitária ficaria em hibernação e a nova pagaria as dívidas com os seus resultados. O fato é que Valério negociou com todos os fornecedores e os débitos foram rolados. Ele foi de uma habilidade incrível e conquistou nossa confiança.

Na nova empresa, Clésio tinha 40% da sociedade. Ramon e eu ficamos com 50%. Valério ganhou os 10% restantes, como uma demonstração de gratidão e uma forma de responsabilizá-lo pela negociação construída.

O drama vivido por nós não era nenhuma novidade no mercado. Outra agência mineira, nossa concorrente, a DNA, passava pelas mesmas dificuldades. Daniel Freitas, reconhecido publicitário, me procurou para saber como conseguimos sair daquele momento difícil. Daniel procurou Valério e a ele foi oferecida uma solução parecida.

Clésio Andrade comprou metade da DNA, mas não participava de nada em nenhuma das duas empresas. Era um sócio capitalista típico. Entrou com dinheiro e recebia os dividendos da operação. Valério ficou como diretor financeiro e administrativo e atuava nesta posição nas duas empresas.

Em 98, Clésio decidiu entrar na vida pública. Não poderia, de forma alguma, continuar como sócio de ambas as agências. Na sua saída da DNA, negociou suas ações com Marcos Valério que as transferiu para a Grafitti, da qual Marcos, Ramon e eu já éramos sócios. Tornamos então sócios indiretos de uma empresa na qual tanto eu quanto Ramon estávamos impedidos de atuar, inclusive por determinação do contrato social. Éramos considerados concorrentes da DNA.

O Brasil aprofundava sua democratização e as agências de publicidade tinham um olhar muito atento para a possibilidade de trabalhar em campanhas políticas. Em curtíssimo prazo, uma agência poderia se capitalizar, algo impossível na gestão de contas de publicidade com custos operacionais altos. Afinal, o que se vende em campanhas eleitorais são a capacidade criativa da agência e o talento de seus profissionais em um período curto e preestabelecido.

Eu já havia trabalhado, em 1984, na campanha vitoriosa de Sérgio Ferrara, para a Prefeitura de BH e tive a honra de convidar e receber na agência para gravar mensagens de apoio à candidatura, figuras políticas históricas como Ulisses Guimarães, Mário Covas e Franco Montoro e em 1986, atuamos na campanha para a candidatura de Itamar Franco ao Governo de Minas.

O começo das transações


Quando o PT venceu as eleições em 2002, nenhum empresário em sã consciência se negaria a aproximar-se do partido. Seria uma porta certa para campanhas eleitorais do PT em todo o país.

Conheci Delúbio Soares, responsável pela administração financeira do partido, uma pessoa que me pareceu simples. Nós nos encontramos poucas vezes, sempre em conversas cordiais. Ele pedia opiniões sobre a linha de comunicação adotada pelo Governo, análises de pesquisas e coisas sobre as quais eu tinha opinião formada, como homem de comunicação que sou. Nunca discutimos sobre dinheiro, verbas ou qualquer assunto do gênero. A única coisa que eu sabia, através de Marcos Valério, é que o partido precisava de dinheiro para pagar dívidas de campanha e modernizar sua sede em Brasília. Ainda, segundo Valério, estava em negociação a possibilidade de a SMP&B ser uma empresa intermediária para um empréstimo bancário com essa finalidade.

Ainda pagávamos dívidas da agência antiga e não tínhamos a menor condição econômica de contrair qualquer empréstimo. Aquilo não fazia sentido. Foi quando então o principal executivo do Banco Rural, José Augusto Dumont -havia alguns anos um dos mais importantes clientes da SMP&B e um dos maiores e mais respeitados bancos do Estado de Minas Gerais- nos convocou, a mim e ao Ramon, para explicar e pedir nosso endosso. Disse que faria o empréstimo em nome da agência e que isso não representava nenhum risco para a empresa. Explicou que isso estava sendo feito desta forma porque o partido não preenchia as condições legais para contrair o empréstimo.
O Banco Rural confirmou que a operação era legal e estava dentro das normas do Banco Central. Estas eram as nossas garantias.

Tendo assegurado pelos advogados sobre a legalidade da operação, como dizer não a um partido que crescia e se despontava na política nacional?

Nossos recebíveis foram usados como garantia para a tomada de dinheiro. Vivíamos um momento de aquecimento nos negócios, sempre na vanguarda da publicidade mineira. Tínhamos uma carteira de clientes que nos dava base para a conquista de reconhecimento e para a evolução da agência no mercado.

O empréstimo foi contraído e essa operação foi o início do meu calvário.

Não tinha o menor envolvimento nas operações financeiras da agência. Não conhecia o assunto, não me interessava por ele e nem tinha competência para isso. Além do mais, confiava no sócio que tirou a minha empresa da insolvência. O dinheiro entrou. Perto de R$ 30 milhões. Esperava que o fato seguinte fosse uma saída volumosa para o partido, com um contrato de mútuo que seria firmado entre o partido e a agência. Mas isso não aconteceu.

As saídas eram feitas em cheques que variavam de 15 a 70 mil, nominais à própria SMP&B, assinados e endossados sempre por Marcos Valério e um dos outros sócios ou alguém da área financeira. Na prática, eram cheques ao portador, que qualquer pessoa poderia descontar na boca do caixa bancário.Na folha de controle da empresa, apenas duas letras: PT.

Os cheques chegavam juntos a outros tantos, para pagamentos de despesas administrativas, fornecedores, veículos e impostos.

Nas reuniões administrativas da empresa não se discutia repasses ou saques em dinheiro para o PT. Os temas eram corriqueiros de uma empresa ou de uma agência de publicidade: mercado, contratações de equipe, custos e ajustes operacionais.

Mas essa situação começou a me tirar o sono. Certa vez, quando tive que assinar alguns cheques, chamei a diretora financeira, Simone Vasconcelos, e disse a ela que aqueles cheques não tinham clareza na informação de destino. Mais pareciam saques da própria agência. Ela me respondeu que a orientação era essa; o que não me tranquilizava.

Na DNA, as coisas aconteciam da mesma forma. Na ausência do representante da Graffiti, os cheques eram enviados para assinatura do Ramon ou minha. Em janeiro de 2004, recebi para assinar um cheque no valor de 326 mil reais da DNA, com o formulário "Pagamento a Fornecedor". Valério se recuperava de uma cirurgia e Ramon estava viajando. Assinei em conjunto com um dos sócios da DNA.

Para minha surpresa, sei agora pelo STF, que este cheque terminou, segundo as investigações, nas mãos de Henrique Pizzolato. Funcionário do Banco do Brasil, cliente da DNA. Pessoa que conheci mas nunca tive relacionamento.

Outros cheques chegaram poucos dias depois. Desta vez, de valores também altos, já com as assinaturas dos sócios da DNA. Quando fui chamado para assinar um cheque de R$ 500 mil, recusei-me. Deixei claro que não colocaria minha assinatura em mais nada em que eu não soubesse o destino.

No dia seguinte, Valério me procurou na presença de Simone e Rogério Tolentino, para saber se era uma decisão definitiva. Nesse momento, ele me disse que isso inviabilizaria minha permanência na sociedade da Graffiti, consequentemente, a minha saída da DNA. Concordei imediatamente e deixei estas empresas.

A ascensão de Valério

Valério, a esta altura, ganhava notoriedade. Circulava entre políticos e empresários o tempo todo. Pouco permanecia na agência. E o resultado não era o que eu desejava para minha empresa. Esse excesso de exposição incomodava alguns clientes da SMP&B.

Nunca troquei uma palavra com José Dirceu ou qualquer integrante da cúpula do Governo Federal. Estive com o ministro apenas duas vezes, na última fila de cadeiras, em reuniões que tinham a presença de quinze a vinte pessoas, em seu gabinete. Tenho certeza de que José Dirceu não seria capaz de se lembrar do meu rosto. Não dirigiu a mim sequer um olhar.

A primeira reunião dizia respeito a um empreendimento de mineração de nióbio na Amazônia. Compareci a convite do Dr. Sabino, patriarca do Banco Rural, já falecido, que pediu a minha presença. Eu gostava dele e atendi o seu pedido.

Na segunda, seria feito um convite ao Chefe da Casa Civil para a inauguração de uma moderna indústria de enlatados em Luziânia, Goiás. Da minha parte, via ali a possibilidade de conquistar um novo cliente para minha agência: a maior indústria do segmento estava para começar sua operação e precisaria de uma agência de publicidade. O que fiz, qualquer publicitário faria: uma oportunidade de estar com os empresários e buscar a conta da Brasfrigo.

Mas na SMP&B a situação estava se tornando insustentável. As discussões eram ríspidas e decidi também me retirar da empresa e encerrar a sociedade na SMP&B. Confidenciei isso a apenas duas pessoas, além de meus sócios: à minha esposa e a Álvaro Teixeira da Costa. Minha esposa me apoiou e Álvaro, com quem trabalhei diretamente naquele período, atendendo e criando campanhas para os Diários Associados, me aconselhou a refletir melhor sobre a decisão, já que a SMP&B era a síntese da minha história profissional.

Em reunião com os sócios, decidimos que permaneceríamos juntos até o final do ano de 2005. Eu continuaria cuidando apenas do que era minha responsabilidade, a qualidade dos trabalhos da agência; Ramon se dedicaria à operação da agência e Marcos assumiu que os empréstimos seriam quitados até o final do ano. Não sei ainda se foi a decisão correta, mas mesmo que eu tivesse saído da SMP&B naquele maio de 2005, não estaria livre dos ônus que carrego.

Tarde demais

Achei que tinha resolvido a situação. Mas no dia 12 de junho de 2005, Roberto Jefferson, pessoa que nunca viu meu rosto, estava no Jornal Nacional dizendo que a minha empresa protagonizou um esquema criminoso, o chamado mensalão. A minha fé e consciência me deram o equilíbrio que precisava para conduzir aquela situação junto a meus familiares, aos funcionários da empresa e aos clientes.

Vivi momentos difíceis. Num sábado, às 5 da madrugada, a cozinheira me acordou. Quando abri a porta, dez policiais encapuzados e armados de fuzis invadiram o quarto em que dormia com minha esposa, na casa da fazenda, próxima a Ouro Preto. Tiraram a mim e minha esposa da cama, acordaram meus filhos. Fomos todos reunidos na sala sob a mira de fuzis e vistoriaram a propriedade em busca de supostos documentos enterrados. Emissoras de TV acompanharam a operação com helicópteros.

Ao final de uma situação assustadora, os policiais e o próprio Promotor, com a ordem de apreensão em punho, ficaram constrangidos com o ocorrido. Saíram sob pedidos de desculpas.

Levado à CPMI, cheguei a admitir ter assinado 20 cheques de R$ 300 mil sob ataques verbais de parlamentares que me interrogavam com câmeras e luzes ligadas. Fui convencido de que os tais cheques passaram pelo meu crivo.

Mais tarde, quando as cópias chegaram às minhas mãos, ficou comprovado que nunca havia visto os cheques e que nenhum deles tinha a minha assinatura.

Com o final da CPMI, comecei a organizar a minha defesa. Contratei advogado, mas não consegui convencer a Justiça sobre a verdade do que aconteceu na minha vida.

No julgamento do mensalão, vejo condenações repetidas e o meu nome citado como um criminoso.

Dívidas e dificuldades

Para o brasileiro comum, deve restar a impressão de que desviei verbas e participei de negociatas no Planalto, tramando compra de votos e vantagens políticas.

Escrevo este depoimento não mais para me defender, porque já fiz tudo nesse sentido. Apenas para que fique claro, não para meus familiares, amigos ou ex-funcionários que me conhecem e sabem a verdade, mas para a opinião pública que, após essa história, só colecionei dívidas e dificuldades.

A agência que criei com muito trabalho e ajuda de muitos colaboradores se desmantelou do dia para noite. Depois disso, sobraram dívidas que se tornaram ainda maiores com o financiamento da minha própria defesa, na tentativa inglória de minimizar os danos de um esquema que passou longe, muito longe da minha influência.

Minha história profissional de 33 anos junto à Usiminas, criando campanhas para a empresa e trabalhando diretamente com seus presidentes, Dr. Amaro Lanari, Rondon Pacheco e Ademar de Carvalho, Paulino Cícero, Luiz André Ricco Vicente e Rinaldo Campos Soares, está agora sendo questionada e colocada em uma vala comum.

Convivi com cada um deles, conheci de perto todas as dificuldades e vitórias desta grande empresa. Relacionei-me com Rinaldo Campos Soares, homem íntegro e bom. Acompanhei sua trajetória de engenheiro e técnico em Ipatinga, passando a chefe da usina, até se tornar presidente. Rinaldo brifava diretamente comigo as campanhas da Usiminas. Por esse relacionamento construído ao longo de 16 anos, atendi a um pedido seu. Não fiz repasses ou corrompi um político ou partido. Pedi à área administrativa que fizesse a doação e cuidasse das providências necessárias. Nada mais.

Ao longo do julgamento, vejo a minha competência criativa e de todos os profissionais que trabalharam na agência ser desmerecida quando dizem que houve desvio de verba no contrato da Câmara dos Deputados. Criamos peças de comunicação para as diversas comissões; desenvolvemos estratégias e campanhas para momentos importantes no país: o Estatuto do Desarmamento, o Estatuto do Idoso e Igualdade Racial e a abertura da comunicação da Câmara junto ao público infantil.

O trabalho desenvolvido foi sério, compromissado e foi entregue. Não houve subcontratação; não houve desvio. Está tudo documentado, com seus originais e comprovantes, nos autos.

Não tive a chance de ser interrogado diretamente pelos meus julgadores. Para mim, teria sido importante responder diretamente aos que hoje me julgam, que eles pudessem me dar a oportunidade de olhar nos meus olhos e conhecer a verdade sobre a minha participação em tudo isso.

Me vejo na iminência da condenação em um julgamento em única instância e, só o que me resta é dizer o que houve, com o coração apertado. Confiei cegamente em profissionais que dominavam a complexidade das operações financeiras. Não sou quadrilheiro, nem tomei parte de nenhum grande esquema de poder no país. Sou um criador publicitário que não soube enxergar os riscos. Se assim não o fosse, talvez como muitos, estaria na sala de casa, assistindo ao julgamento e, no escuro dos fatos reais, das verdades individuais, concordando com cada decisão. Mas hoje, acima de tudo, agradeço a Deus pela oportunidade desse pequeno testemunho da verdade que vivi.

Comentário do Jornal dos Amigos

Conheci Ramon Hollerbach em 2001 ou 2002, não lembro bem, e por seu intermédio, Cristiano Paz. Na ocasião eu tinha uma empresa de projetos editoriais e levei ao Ramon para apreciação o “Sala de Embarque”, um newsletter para circular nas salas de embarque dos principais aeroportos do país. A intenção era mais tarde transformar o informativo em uma revista. Mas quis o destino que eles não se interessassem pelo projeto, com certeza por eu ser um ilustre desconhecido no mercado editorial e de publicidade e também por alguma inconsistência. Esse depoimento é para atestar a honestidade de Ramon e Cristiano naquela época. Se fosse o caso de uma oportunidade de “lavagem de dinheiro”, com certeza nosso projeto teria sido aceito e levado adiante...


22 outubro, 2012

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