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sábado, 14 de julho de 2012

Defesa de Duda sugere que esquema de Valério irrigou mais contas no exterior





continuação do post acima

A denúncia do MPF sustenta que os pagamentos do mensalão obedeciam a um padrão, com saques efetuados na boca do caixa do Banco Rural, mas o processo envolvendo o marqueteiro de Lula em 2002 fugiu à regra.

“É uma falácia dizer que ele é o único que recebeu de uma forma diferente. Afirmar com toda certeza que o PT não pagou ninguém lá fora, ninguém pode dizer”, insistiu Crissiúma, em entrevista ao Estado. Procurado, o advogado Luciano Feldens, novo representante de Duda Mendonça, não foi localizado.

Crimes.

O publicitário e sua sócia respondem pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

No memorial encaminhado ao STF, a defesa sustenta que os acusados desconheciam a origem ilícita dos recursos depositados na conta Dusseldorf e que eles estavam dispensados de apresentar declaração de depósitos no exterior conforme regra do Banco Central.

Ao contestar a acusação de lavagem de dinheiro, Duda Mendonça alega, por meio dos advogados, que a ele e à sócia “sempre pareceu que os valores recebidos por seu lícito trabalho eram oriundos, na pior das hipóteses, de infração prevista na legislação eleitoral (‘caixa dois’ mantido no Brasil e no exterior)”.

“Afinal, a relação dos acusados com o Partido dos Trabalhadores já vinha desde 2001 e todos os pagamentos sempre foram autorizados e aprovados por Delúbio Soares, diretor tesoureiro do partido. É importante acrescentar que até então o PT era visto em todo o Brasil como exemplo de ética, moralidade e combate à corrupção”, argumentam os advogados.

A defesa destaca que esses eram os principais lemas do PT. Tanto que, em 2001, Duda Mendonça criou um filme “extremamente contundente”, no qual “ratos roíam a bandeira do Brasil e um locutor dizia: ‘Ou a gente acaba com eles ou eles acabam com o Brasil. Xô corrupção!’”.

É uma insinuação sem provas’, afirma advogado

“Não há nenhum outro caso em que o pagamento tenha sido feito no exterior a não ser o de Duda”, reagiu o criminalista Marcelo Leonardo, que defende Marcos Valério.

“Ele (Duda) insinua, supõe, faz conjectura, mas não tem prova concreta. De todas as pessoas da lista de pagamentos feitos pelo Marcos Valério, atendendo ao pedido do Delúbio (Soares) para o PT e partidos da base aliada, o único pagamento no exterior foi o do Duda.”


Leonardo é taxativo: “A versão dele (Duda) de que o pagamento no exterior foi por exigência do Marcos Valério ficou desmentida documentalmente”.

“Primeiro, foi localizada no escritório da Zilmar (Fernandes) uma pasta com instruções sobre abertura de conta no exterior, no Banco de Boston.

Segundo, com a quebra do sigilo da conta Dusseldorf ficou provado que ela tinha sido aberta em data bem anterior ao pagamento, o que revela que Duda já mantinha conta no exterior havia muito tempo.

Está documentalmente demonstrado que foi ele (Duda) quem fez questão de receber lá fora.”
/ E.K. e F.M.

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