Refundação
Marina afirmou que o lançamento de sua candidatura dependerá da revisão programática e a reestruturação do PV."Não venho mais com a ilusão dos partidos perfeitos que acalentei durante a juventude. Mas com a certeza de que homens e mulheres de bem podem aperfeiçoar as instituições", discursou ela, acolhida pelos verdes históricos como uma chance de depuração.
Enquanto Marina evitava assumir a candidatura, o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, já apostava numa aliança capaz de garantir cerca de cinco minutos de propaganda na TV.
O partido já negocia alianças com pequenos partidos, inclusive o PDT, sendo que a conversa está mais adiantada com PSC, PSOL e PMN.
Antes mesmo de assinar a ficha de filiação, Marina viu expostas as divergências internas do PV. A senadora -que recorreu a Guimarães Rosa para declarar carinho ao PT- convidou o ministro da Cultura, Juca Ferreira, para o evento. Mas ele não estava entre os oradores.
Já o secretário municipal Eduardo Jorge sentou-se no chão, diante da mesa. Escolhida pelo governador José Serra (PSDB) à revelia do comando do partido, a secretária de Ação Social, Rita Passos, não teve assento entre as autoridades.
Conduzido à ponta da mesa, o ministro da Cultura ouviu críticas à equipe de Lula, como a do deputado Fernando Gabeira (PV), para quem o governo "é moralmente frouxo".
À saída, Ferreira reagiu: "Ele é parcial. Faço essa crítica política em geral. Minha crítica política é que o PV se aproximou muito dessa lógica pragmática", disse Ferreira, afirmando que Marina não fará oposição ao governo Lula.
"Ela disse melhor do que eu. Vai sair de casa. Mas continua morando na mesma rua."
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